O que muda no turismo de pesca após vacina para o Covid-19

Com notícias sobre possível vacina, pescadores e empreendimentos falam sobre expectativas para o futuro do setor turístico

Por Laís Vanessa - 18/07/2020 em Notícias / Turismo - atualizado em 04/08/2020 as 10:08

O Instituto Butantan, que está produzindo uma vacina contra o Covid-19, em parceria com o laboratório Chinês Sinovac, abriu inscrições para quem deseja participar dos testes da Coronavac, assim intitulada a vacina. As primeiras doses, em fase de testes, tem data prevista para serem aplicadas no dia 20 de julho. Ao todo, serão 9 mil voluntários. Metade receberá a vacina e outra placebo, protocolo padrão usado em estudos científicos. Todos os voluntários serão acompanhados com exames rotineiros. 

O turismo de pesca já está retomando as atividades com responsabilidade. A notícia da vacina anima ainda mais. Todos estão com a expectativa de voltar a trabalhar com força total, ainda melhor do que antes. “Fiquei muito feliz em saber que já estão em fase de testes. É um alívio para todos. Agora vamos aguardar para ver qual será a orientação de saúde quando essa vacina sair e vamos seguir. Vamos fazer tudo que for orientado e o que pudermos para trabalhar em segurança, cuidado e carinho com nossos clientes”, conta Odila Maria Silveira Gonçalves, proprietária do Hotel Pesqueiro da Odila, em Corumbá, no Mato Grosso do Sul. 

Daniel Buzatto, proprietário da pousada Ña Negra, de Yahapé, Corrientes, na Argentina, está na torcida pela vacina. “Ainda não sabemos quais os protocolos para receber turistas do Brasil. No momento, só temos para a Argentina. Temos que esperar um pouco mais para ver o que o Governo define de protocolo para saúde, quando as fronteiras forem abertas. Se vão exigir vacina ou não. Acredito que até agosto nós vamos saber como devemos proceder com nossos turistas”, diz. 

Todos estão na expectativa da chegada da vacina e se essa será um protocolo obrigatório ou não para a o turismo de pesca. De qualquer forma, muitos estabelecimentos vão manter o protocolo de saúde  já aplicado até o fim do ano, como é o caso o Parque Maeda, que fica localizado em Itu, São Paulo. “Por segurança, vamos manter esse protocolo que estamos usando, como reservas, álcool gel, máscara, capacidade reduzida, até o fim do ano. Quanto a vacina, vamos esperar para ver de que forma os órgãos regulamentadores vão se posicionar. Conforme for a orientação, vamos seguir”, conta Fernando Maeda, proprietário. 

A notícia da vacina trouxe um certo alívio e esperança para a população, em especial aos pescadores, que não veem a hora de voltar às suas rotinas normais, ou ainda melhores de pesca, como é o caso do Pedro Kaiser, de Cotia, São Paulo, que costuma frequentar o Parque Maeda. “Acho que a vacina vai trazer segurança para todas as atividades e para a pesca esportiva não vai ser diferente. Por exemplo, sem vacina eu não me sinto seguro em pegar um avião. No pesqueiro, me sinto mais seguro, pois vou com meu carro, não fico hospedado em hotel, os lagos estão com entrada limitada, tem todo um protocolo de segurança. A vacina será um grande alívio para nós pescadores”, relata. 

A saudade da aglomeração é grande! A gente sabe disso, mas com a chegada da vacina, isso fica cada vez mais perto de acontecer.

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Foto de capa: Leonardo Castilhos

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