Empresários e associações ligadas ao turismo no Mato Grosso do Sul
enviaram carta aberta para o presidente da república, Jair Bolsonaro, pedindo
que sejam feitas ações para auxiliar o setor na recuperação dos problemas
econômicos causados pelo coronavírus (COVID-19).
A carta indica que o turismo tem sido o setor que mais sofre impacto por conta da crise, precisando paralisar por completo as suas atividades, sem poder ter com precisão uma data para o retorno normal dos trabalhos. Para atestar a importância do setor na economia sul-mato-grossense, o documento cita que, em 2019, 67,87% dos empregos gerados no Estado estão ligados ao ramo turístico.
Com relação a pesca esportiva, dois pontos são válidos destacar na carta aberta:
- Substituição da piracema por um período de pesque e solte, pois no turismo de pesca esportiva, este importante setor para a economia do nosso Estado, as empresas que operam nesta atividade, possuem suas contratações vendidas com antecedência mínima de 12 meses, em pacotes turísticos de 5 a 7 dias ou mais,
sendo certo que o ano de 2021 está parcialmente ou totalmente vendido. Nesse cenário crítico, nasce nossa necessidade, qual seja, ter decretado a suspensão do período de defeso do ano de 2020/2021, para a prática do pesque e solte (nos locais permitidos por lei). Numa projeção simples, os três meses de defeso, garantiriam ao menos 13 (treze) semanas que estão livres e que os associados poderão remanejar alguns grupos, tentando evitar cancelamentos, e sendo fato que os demais serão remanejados para 2022.
- Oferecimento de seguro defeso estendido para os guias de turismo credenciados no Cadastur a nível estadual pois todos foram impactados diretamente com esse fechamento, pelo menos num período de 6 meses.
Para Joice Santana, proprietária da Joice Pesca e Tur, os pedidos feitos na carta aberta auxiliam os empresários do ramo turístico no MS, evitando prejuízos maiores. “Todos os grupos de pesca são agendados com um ano de antecedência. Cancelamentos prejudicam muito nosso ano e também o seguinte. Por isso, é importante que os pedidos sejam atendidos, para que consigamos receber os grupos que estavam agendados”, destaca Joice.
Enquanto a rotina de atendimento não volta ao normal, há quem tenha aproveitado o momento para fazer melhorias em seus empreendimentos, como é o caso do Hotel Pesqueiro da Odila. “Mantivemos todos os nossos funcionários, que ficaram quase todos em suas casas. Aproveitamos o momento para melhorar a nossa estrutura e receber os pescadores, assim que esse período passar”, diz a proprietária Odila Gonçalves. Ela conta ainda que foram construídas no hotel duas varandas (foto abaixo), uma delas, inclusive, com mais de 100 metros quadrados.
Na Pousada Pindorama não foi diferente. A hospedagem iniciou a expansão física do negócio. “Construímos seis novos quartos em nossa pousada, além de uma nova cozinha americana”, conta Eva Silva, proprietária da pousada.
Com um investimento de cerca de R$500 mil, a Cabana do Pescador também aproveitou o período para ampliar o conforto de seus hóspedes, renovando estruturas. “O grande montante do investimento foi destino para energia solar. Assim, poderemos tornar a pousada autossuficiente em energia”, diz Renato Falcão, gerente do empreendimento.
Outra iniciativa tomada é a do barco-hotel Xaraiés, pensando
no bem-estar emocional das pessoas. Com a grande quantidade de informações
negativas, estão publicando notícias com tom de positividade, como na frase
“...a fauna, a flora estão se recuperando como nunca, demos um tempo, sim, não
para nós, mas para o planeta.”, relembram.
Abaixo você confere o depoimento de Joice Santana, as reformas na pousada Pindorama e também na Cabana do Pescador:
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