Em 2024, o Brasil registrou números alarmantes de queimadas e desmatamento na Amazônia, alcançando índices que não eram vistos há décadas.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que o país enfrentou um pico de 218.637 focos de incêndio, o maior já registrado no século, gerando preocupação sobre as promessas públicas de intensificar a fiscalização e o controle de atividades ilegais na região.
O aumento do desmatamento e das queimadas tem gerado uma crescente preocupação entre ambientalistas e especialistas. Apesar de ter anunciado metas ousadas, como o compromisso de zerar o desmatamento até 2030, o governo brasileiro enfrenta dificuldades.
Foto: A imagem foi originalmente postada no Flickr pela Agência Amazônia Real em https-//flickr.com/photos/135932571@N06/50224356221. Foi revisado em 10 de fevereiro de 2021 pela FlickreviewR 2 e foi confirmado como licenciado sob os termos do cc-by-2.0
A ampliação do desmatamento ilegal, principalmente em estados como Pará, Amazonas e Mato Grosso, tem sido impulsionada por atividades como o garimpo ilegal e a grilagem de terras, que continuam a crescer sem um controle adequado por parte das autoridades.
Além disso, segundo especialistas, a fiscalização nas regiões mais remotas da floresta segue sendo insuficiente, o que favorece a continuidade dessas práticas destrutivas. A despeito de algumas ações implementadas, como o aumento no monitoramento por satélite e a criação de brigadas de combate a incêndios, as iniciativas ainda não se mostraram suficientes para reverter o cenário preocupante.
A ausência de medidas estruturais e o pouco avanço em áreas como a recuperação de terras desmatadas são questões que têm sido frequentemente apontadas como falhas no planejamento.
Além disso, o cenário internacional também tem pressionado o Brasil. Com a proximidade da COP30, que ocorrerá em Belém, ainda em 2025, o país se vê diante da necessidade de apresentar resultados concretos sobre a preservação da Amazônia.
Contudo, especialistas alertam que o descontrole do desmatamento pode levar a uma crise de credibilidade internacional.
Foto: A imagem foi originalmente postada no Flickr pela Agência Amazônia Real em https-//flickr.com/photos/135932571@N06/50224585722. Foi revisado em 10 de fevereiro de 2021 pela FlickreviewR 2 e foi confirmado como licenciado sob os termos do cc-by-2.0
Dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) indicam que o desmatamento na Amazônia Legal, área que engloba a maior parte da floresta, teve um aumento de 22% em 2023, em comparação ao ano anterior.
Esse crescimento reflete uma tendência negativa que persiste ao longo dos últimos anos e evidencia as dificuldades em implementar uma política ambiental que seja realmente eficaz. Embora o governo tenha prometido ações mais contundentes, os resultados ainda estão distantes daquilo que foi anunciado.
O quadro atual levanta dúvidas sobre o Brasil conseguir alcançar suas metas ambientais e de como proteger a maior floresta tropical do mundo, diante de um cenário de crescente pressão interna e externa.
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