O Projeto de Lei para regulamentação da pesca do Tucunaré no extremo oeste do estado do Paraná é de autoria do deputado Matheus Vermelho (PP), que teve como norte a busca pela proteção da espécie, sempre procurando conciliar a preservação ambiental, movimentando o turismo náutico e a economia da região.
O projeto 68/2023 diz que, a partir dele, ficam proibidas: a captura, o embarque, o transporte, a comercialização, a estocagem e o processamento do peixe Tucunaré nas águas represadas pela Usina Hidrelétrica do Lago de Itaipu e seus afluentes, com exceção às modalidades de pesca esportiva.
Isso inclui, obviamente, todos os torneios de pesca esportiva que utilizem um sistema de aferição de peixes que possibilite a devolução dos exemplares vivos ao seu ambiente natural, respeitando o conceito principal e as normais centrais da pesca esportiva.
A área representada diz respeito ao Lago de Itaipu, que possui uma área total de 1.350 km², com mais de 700 km² em solo brasileiro, abrangendo os seguintes municípios: Santa Helena, Foz do Iguaçu, Itaipulândia, Diamante D’Oeste, Entre Rios do Oeste, Guaíra, Marechal Cândido Rondon, Medianeira, Mercedes, Missal, Pato Bragado, São José das Palmeiras, São Miguel do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu e Terra Roxa.
O peixe da espécie Tucunaré é considerado exótico no Lago de Itaipu, porém, têm-se registros do exemplar no local há, no mínimo, 30 anos. Por ele ser exótico, o Tucunaré não se adapta bem à baixas temperaturas do sul do Brasil. Por isso, é tão importante sua preservação e cuidado no estado.
E o estado do Paraná, por sua vez, já é conhecido pelas políticas de incentivo à pesca esportiva e ao estudo e preservação dos nossos peixes. No ano passado, por exemplo, foi aprovada a Lei 21.336/2022, que inseriu, de forma oficial, o Torneio Internacional de Pesca do Tucunaré ao calendário de eventos paranaense, em mais um campeonato de pesque e solte.
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