A Fish TV conversou, recentemente, com o ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula. Entre os assuntos abordados, foi citado todo o trabalho a ser feito pelo ministério para o bem da pesca esportiva.
Outro tema bem importante levantado, foi a respeito da relação que o ministério citado terá com todos os órgãos de proteção ambiental, visando o avanço do nosso esporte e a conservação da natureza do nosso país. Confira a entrevista.
Como que o senhor enxerga a pesca esportiva como instrumento de preservação ambiental?
É fundamental. Os pescadores esportivos são fiscais do meio ambiente e têm um papel preponderante, a partir, inclusive, da lógica de pescar e soltar. Eles têm parceria, e como as questões ambientais são prioridade, esse papel deve ser ressaltado, destacado e incentivado. Tenho muito orgulho desse papel que a pesca esportiva cumpre na nossa atividade.
Tem uma diferença muito grande entre pesca esportiva, pesca amadora, pesca em que os pescadores retiram os exemplares. Qual a importância da pesca esportiva nesse meio?
Cada uma cumpre a sua finalidade, mas eu gosto de destacar os aspectos positivos, do apreço pelas questões ambientais e da preservação das espécies da pesca esportiva. Eu compreendo a lógica das outras pescas, mas esse aspecto do esporte vem ao encontro de uma preocupação hoje, que não é apenas do Brasil, mas de todo o mundo.
Qual a estrutura pensada para a pesca esportiva pelo ministério?
O ministério inaugurou sua atuação, podemos dizer, há dois meses. Um dos nossos desafios é dar mais peso institucional à essa estrutura prevista ao ministério, principalmente, na questão da pesca esportiva, além de toda a área da aquicultura. A pesca esportiva, por exemplo, pode, deve e vai ocupar um espaço ainda maior do que ela ocupa hoje. É possível, é a minha prioridade e a gente vai fazer.
Como que o ministério espera se relacionar com os órgãos de controle ambiental?
De forma a preservar, estimular e estabelecer sempre canais de interlocução. Diálogo. São nessas áreas que sempre temos os debates mais acalorados do congresso nacional, é sempre muito comentado. Vamos construir a lógica na base do entendimento, do ouvir e do ceder. É uma prática da minha vida pública. Podemos ter sim dificuldades, afinal a visão do ministério do Meio Ambiente pode ser diferente da visão do ministério da Pesca e Aquicultura em muitos aspectos. Mas, se nós vivemos em uma democracia, nós precisamos nos entender. Todos temos o mesmo objetivo: servir o Brasil e fazer as coisas acontecerem para mudar para melhor a vida dos brasileiros.
Esse assunto é muito importante, pois precisa ter uma parceria. Até porque, como o senhor mesmo disse, quem pratica a pesca esportiva é parceiro da natureza, né?
Pois é. Eu acho que essa parceria é fundamental por que a questão ambiental, hoje, é uma preocupação de ordem mundial. Os países são mais bem vistos, ou menos bem vistos, a partir do respeito que têm pelas questões ambientais. E o nosso país é uma grande vitrine. O mundo olha com muito carinho para a forma que o Brasil trata as questões ambientais. Conversei, recentemente, com Regis Portari, diretor geral da CBPE, a Confederação Brasileira de Pesca Esportiva, e ele disse que precisava de uma maior interlocução na diretoria ou na secretaria. Eu respondi que ele não precisa de intermediário, que a comunicação dele será, diretamente, comigo. Isso pela importância que a pesca esportiva tem e pela importância do trabalho que é desenvolvido. Eu tenho convicção dessa importância e vamos sempre estar aqui discutindo pautas que possam nos permitir avançar nos temas que são importantes para a pesca esportiva.
Existe algum movimento, em relação a pesca esportiva, de futuras novas parcerias para com o ministério?
Como eu disse, a gente vai discutir pautas que são importantes para a CBPE. Essa é uma delas. Eu acho muito importante fortalecer a confederação, e se depender do ministério da Pesca e Aquicultura, essa parceria vai crescer cada vez mais, pois é uma união muito bem-vindo para nosso ministério.
Haverá algum tipo de articulação com o Congresso Nacional para a aprovação de questões jurídicas junto ao setor?
Essa é uma das nossas prioridades. Primeiramente, para que a gente possa construir proposições que nos assegure a modernização da atividade. E, também, para evitar o retrocesso. É muito importante ter uma relação respeitosa e democrática com o Congresso Nacional. Sem dúvida nenhuma vamos buscar essa parceria, e ela será determinante para que a gente possa modernizar a nossa atividade.
Trechos da entrevista da Fish TV com o ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, estarão sendo reprisados durante a nossa programação no novo formato do Fish TV News, com notícias gerais de um minuto sobre a pesca esportiva e a conservação da natureza.
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