O vírus mais conhecido como "herpes da ostra" devastou 26% da produção francesa desde 2008, e já matou 10 milhões de ostras em três dias, na Autrália. Pesquisadores acreditam que as mudanças climáticas devem piorar o cenário e agravar as perdas, gerando prejuízos te até US$ 4 bilhões ao mercado de ostras.
A Organização Nacional de Pesquisa Industrial e Científica (CSIRO), da Austrália, e a Universidade da Tasmânia estão trabalhando para descobrir como a mudança da temperatura da água e o vírus podem afetar as ostras. De acordo com o Instituto de Pesquisa Francês para a Exploração do Mar, o vírus Ostreid herpesvirus-1 também conhecido como Síndrome da Mortalidade de Ostras do Pacífico, pode gerar uma mortalidade de 100%. O vírus ataca principalmente ostras com menos de um ano de idade. Na Europa, o vírus começa a matar ostras quando a temperatura da água chega a cerca de 16 graus Celsius.
Segundo o professor de saúde animal da Universidade de Sidney, Richar Whittington, as infecções estão cada vez maiores, despertando a possibilidade de uma mutação no vírus. Após o primeiro surto na França, em 2008, os preços atacadistas europeus subiram, aumentando os preços das ostras no país em 36%. Fato que preocupa a indústria de ostras na Austrália, que anualmente gera cerca de US$ 83 milhões.