A abertura do mercado náutico a novos consumidores tem ocasionado uma retomada no crescimento do setor no Brasil. Depois da crise que afetou quase 50% do segmento entre 2015 e 2018, neste ano já há um crescimento comparado ao mesmo período do ano anterior.
Um exemplo desse fôlego é o estado de Santa Catarina, que é o segundo maior polo do Brasil no mercado. Na região, a previsão é de um aumento de 30% em serviços náuticos até o final de 2019, em relação a 2018. A prospecção é da Marina Itajaí, que indica a expansão de reparos e manutenções preventivas de embarcações, além de um aumento na movimentação de barcos no litoral catarinense.
Uma das avaliações é que as pessoas estão mudando a forma de enxergar o valor de um barco e optando por essa forma de lazer. O que antes era visto como algo apenas para pessoas com maior poder aquisitivo, hoje também se abre para os consumidores com renda média. Em resumo, o brasileiro está criando uma "cultura náutica".
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Quanto à recuperação do segmento, o gerente de unidade de negócios na Marine Group, Gabriel Bortoletto, aponta um futuro positivo. “O mercado náutico está otimista com o crescimento da economia e tenderá a colher bons frutos no último trimestre deste ano e no primeiro e no segundo trimestre de 2020”, indica.
Economicamente falando, esse mercado movimenta anualmente bilhões de reais. E de acordo com Bortoletto, tais valores perpassam diversos setores: desde a indústria, bens de consumo, turismo, com geração de empregos direta e indiretamente, até o comércio exterior, tanto na importação de insumos e equipamentos, quanto na exportação de barcos.
Com projeções tão boas, vale a pena ficar atento às novidades desse nicho que, felizmente, vem se recuperando e ganhando força e espaço no Brasil novamente.
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