Como contamos em uma matéria anterior, as formas de se fazer
negócios foram modificadas por conta da pandemia do novo coronavírus. Ainda que o
cenário pudesse parecer difícil no horizonte, as empresas de pesca esportiva
têm se reinventado constantemente, movimentando o mercado do segmento e fazendo
com que o esporte não retroceda no seu processo constante de desenvolvimento.
Na Cutelaria D’Avila, as ações para impulsionar seus
produtos são recorrentes, sendo intensificadas nesse período adverso. Cristiano
D’Avila, sócio-proprietário, diz que contava com uma diminuição nas vendas, mas
não foi o que aconteceu. “Fomos surpreendidos por uma demanda imensa, a ponto
de ser necessário expandir a nossa produção, que já estava nos planos, mas
tivemos que acelerar, pois nossa capacidade produtiva estava no máximo. É
impressionante como o mercado recebe as nossas facas muito bem. Com isso,
seguimos investindo em ações de marketing para promover os nossos produtos”,
conta.
Trabalhando com sua equipe de vendas 100% em home office, a
Blue Fishing, empresa distribuidora exclusiva Shimano no Brasil, obteve
resultados positivos com esse novo meio de trabalho. Segundo o diretor de
operações da empresa, Juliano Mol Xavier, a pandemia afetou contrabandistas,
celebrando a vitória do comércio legal. “A compra na internet cresceu na
pandemia com o fechamento das lojas de pesca. Antes, o pescador esperava três
meses ou mais para receber o produto que vinha de forma ilegal. Agora com o
Paraguai fechado, dificilmente vai conseguir comprar algo sem nota fiscal nesse
período pela internet. Uma vitória para o comércio nacional que paga seus
impostos devidamente”, celebra. Programado para início de agosto, a
distribuidora lançará um site para venda direta aos lojistas, que estará
disponível todos os dias por 24h.
Também mudando sua forma de trabalhar, a Express Polarizados
aproveitou o período para desenvolver uma linha de bonés, moletons e camisetas,
além de modelos novos de óculos. “Todos esses itens eram para agregar valor
para a marca, e estavam nos planos para o próximo ano, mas acabamos
antecipando. Além disso, importamos muitas novidades. Nesse período, temos
trabalho muito forte nos canais online da empresa e produzindo catálogos
digitais para facilitar o trabalho de nossos representantes que não podem
viajar”, comenta Fábio Arantes, diretor comercial.
Tomando todos os cuidados sanitários necessários na empresa,
a OCL Iscas Artificiais primeiro pensou na melhor forma de manter toda a sua
equipe produtiva para depois focar em seus produtos, principalmente com vídeos
que valorizam o que é produzido no Brasil. A pandemia trouxe desafios, mas que
a empresa segue superando. “Apesar de toda essa dificuldade, entramos em uma
crescente procura por nossos produtos, aumentando nossas vendas. O crescimento
foi de praticamente 50% nesse período, e ainda está aumentando. Nossa média
mensal está ultrapassando nossa capacidade operacional e já estou contratando
mais duas pessoas para esse crescimento”, descreve Marcelo Ortega, diretor, que
comemora a primeira participação da marca no programa Remos e Rumos.
A Mar Negro Fishing é outra empresa que viu suas vendas crescerem
na casa dos 50%, mesmo enfrentando esse período adverso. Rafael Leones Martins,
diretor da companhia, enxerga a empresa em plena ascensão. “Na pandemia, por
incrível que pareça, as vendas aumentaram muito, principalmente as que foram
feitas pela internet, ampliando nossa atuação online. Além de não parar, vamos
ter que mudar de salão para poder aumentar a nossa produção, por conta da
grande procura por nossos produtos”, revela. Outro destaque são os parceiros
nos canais digitais, divulgando a marca em suas redes e aumentando o público
consumidor.
Depois de tantos depoimentos positivos, lançar os olhos para o horizonte do futuro parece menos complicado. Tomando todas as medidas sanitárias adequadas, o mercado vai se reinventando e trabalhando forte para manter o esporte da pesca em constante evolução.
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