O Brasil está passando por uma seca recorde, muito intensa, com rios secando, da maneira mais literal possível.
Em algumas regiões, com os rios mais baixos do que o normal, peixes e outros animais estão se unindo em pequenos trechos d’água, ficando mais expostos e fazendo crescer outros problemas graves, como a caça e a pesca ilegal, inclusive de espécies amazônicas ameaçadas de extinção.
Baixa das águas facilita ação dos pescadores ilegais. Foto: Reprodução / Folha.
Em entrevista à TV Brasil, o diretor de fiscalização ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Johnatan Santos, comentou que a visualização acaba ficando muito mais fácil, e os criminosos conseguem capturar os animais de forma rápida.
O depoimento do diretor veio após uma operação extremamente grave: 422kg de carne de pirarucu foram apreendidos pelo Ibama, além de um peixe-boi-da-amazônia (Trichechus inunguis) que foi abatido na orla do Rio Tefé.
A carne de pirarucu, segundo a investigação, estaria sendo comercializada no interior do estado do Amazonas. De acordo com o diretor, essa carne era vendida sem comprovação de procedência de manejo autorizado.
Essa prática ameaça diretamente a biodiversidade local, além de desequilibrar os ecossistemas já fragilizados pela seca. O abate de espécies ameaçadas de extinção, tanto pela caça, como pela pesca ilegal, como algumas variedades de peixes e mamíferos aquáticos, pode levar à sua extinção irreversível, prejudicando a cadeia alimentar e a saúde dos habitats.
Além disso, a pesca ilegal compromete a regeneração natural das populações de espécies, causando um impacto negativo em diversos setores.
A seca já vem causando estragos há tempos no nosso país, com famílias ficando sem água e sem recursos.
Seca atinge diversos estados do nosso Brasil, causando prejuízos sem fim. Foto: Edmar Barros / Futura Press.
Essa situação exige uma ação urgente para proteger a rica biodiversidade brasileira e garantir a preservação dos ecossistemas que sustentam a vida no planeta.
Segundo meteorologistas, a seca deve melhorar, pelo menos um pouco, com a chegada de chuvas, esperadas para outubro deste ano.
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