O rio São Francisco, um dos mais conhecidos e importantes do país, está sofrendo com espécies de peixes e animais aquáticos invasores. As espécies, que não são nativas do local, vêm aparecendo há um tempo pela região.
De acordo com especialistas, espécies como Tucunarés, Apaiaris e Tilápias se reproduzem com rapidez e facilidade, além de serem predadoras. Porém, os peixes não nativos se adaptam de forma tranquila no rio São Francisco, causando o desequilíbrio.
Pesquisadores indicam que espécies exóticas também podem ser consideradas perigosas. Um grande exemplo é o camarão da Malásia, espécie asiática.
Mas uma das principais preocupações de especialistas é a respeito do mexilhão-dourado, que pode trazer, inclusive, prejuízos econômicos para os ribeirinhos. O mexilhão-dourado é um molusco aquático, também nativo da Ásia, capaz de se fixar em quase qualquer substrato, se adaptando facilmente a novos locais.
Além do desequilíbrio ecológico, causado pelo fato de serem predadores, a invasão das espécies pode trazer outros problemas, como a transmissão de parasitas para a população local.
Para os pesquisadores, é preciso ter um aumento da fiscalização em todo o rio, além de uma legislação mais rígida contra a entrada dessas espécies exóticas.
De acordo com o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, órgão que realiza a gestão descentralizada e participativa dos recursos hídricos da bacia, a Expedição Científica tem trazido informações sobre estas espécies não nativas e monitoram o aparecimento de cada uma delas.
O CBHSF ainda conversou com um pescador que relatou estar sendo prejudicado pela invasão dos mexilhões e siris, mas viu com bons olhos a chegada de peixes como, por exemplo, o Tucunaré.
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