O Governo Federal
anunciou que irá buscar parcerias de empresas privadas para a construção da
Usina Hidrelétrica Formoso, no rio São Francisco, na localidade de Pirapora.
Porém, a medida não agradou aos ambientalistas que questionam a real
necessidade e os impactos que esse projeto pode causar no meio ambiente.
A construção do
projeto deve durar 36 meses a partir da liberação para início das obras. O
questionamento do projeto se deve ao fato de que, com a construção é apontado
que poderá ser perdido mais de 100 quilômetros de cachoeiras e corredeiras,
onde habita a espécie de dourado endêmica da região, o Salminus
Franciscanus.
De acordo com o
biólogo e apresentador do Biopesca da Fish TV, Lawrence Ikeda, o principal
impacto em relação a essa espécie é a perda de habitat e, consequentemente, é
afetado o ciclo reprodutivo. “O dourado tem necessidade de trecho livre para se
deslocar para as regiões de cabeceira para desovar. Assim como ele, outras
espécies migradoras também sofrem com a perda de habitat. O São Francisco é
considerado um rio de integração nacional que sofre pelas ações homem, como a
quantidade de barragens. São impactos ambientais, sociais e econômicos”,
ressalta.
Devido a essa
medida foi criado uma petição contra a construção da usina, que pode gerar um
grande impacto ambiental, o que vai contra o que vem sendo implantado na
região. Pirapora já possui duas pequenas usinas solares, além da Marambaia,
considerada a maior usina fotovoltaica da América Latina e a terceira maior do
mundo. A ideia seria procurar por alternativas limpas, baratas e de baixo
impacto ambiental.
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