O Projeto de Lei, de autoria do deputado Beto Pereira, que trata da proibição da captura, embarque, transporte, comercialização, processamento e industrialização do dourado em Mato Grosso do Sul foi reprovado nesta quarta-feira, dia 7, pela Assembleia Legislativa do Estado. A votação chegou a empatar, mas o presidente da Casa, Júnior Mochi, votou contra o projeto. "A decisão revela uma posição clara em favor do desenvolvimento sustentável, que deve contemplar o equilíbrio sempre possível entre o uso racional dos recursos naturais e o desenvolvimento econômico e social. Pela natureza do assunto e peculiaridade do debate, decidido pelo ´voto de minerva´, o tema não se esgota. Pelo contrário, o debate está mantido e se houverem alternativas conciliadoras, elas podem voltar a ser ponderadas pelo Legislativo", destaca Mochi.
O pesquisador, especialista em ictiologia e consultor do deputado Beto Pereira, Thomaz Lipparelli, ressaltou que o resultado foi uma perda para Mato Grosso do Sul e para o Brasil. "Não estávamos defendendo nem um lado e nem outro da pesca. A lei, na verdade, estava baseada no componente biológico para proteger essa espécie".
Entretanto, Lipparelli lembra que o dourado ainda será protegido na cidade de Corumbá (MS), que teve dois projetos de lei aprovados pela Câmara Municipal nesta segunda-feira, dia 5. As propostas, que devem ser sancionadas nesta sexta-feira, dia 9, tratam sobre a proibição da pesca do dourado e do transporte de pescado para fora do município.
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