Não é de hoje que estamos falando a respeito da terrível seca que atinge a Amazônia e todos os rios do estado amazonense. Apesar deste fato, temos um outro problema muito sério a se observar: as queimadas que atingem um dos biomas mais ricos em biodiversidade de todo o planeta.
No último mês de outubro, tivemos recordes absurdamente negativos!
Foi o pior mês de outubro em 15 anos, no que se refere às queimadas na Amazônia Legal, área que reúne regiões de idênticas características, criada para o melhor planejamento do seu desenvolvimento. Desde 2008, não haviam sido encontrados tantos focos de calor como agora.
Segundo dados divulgados pelo Programa de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Inpe, 22.061 focos foram detectados. Um mês antes, em setembro deste ano, o governador do Amazonas, Wilson Lima, já havia decretado estado de emergência ambiental, que está em vigor até hoje.
Para os especialistas, alguns fatores são os principais para esses números tão significativos. O primeiro deles é o conhecido fenômeno do El Niño, que nada mais é do que o aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico, na sua devida porção equatorial. Ele acontece em intervalos irregulares, entre cinco e sete anos, com duração média entre um ano e um ano e meio.
O maior problema deste fenômeno, por sua vez, é que, segundo a Agência de Observação Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos, o El Niño deve se intensificar no ano que vem, quando 40% dos oceanos irão passar por uma onda de calor marítima, segundo estudo.
Mas apesar dele intensificar enormemente as chances de queimadas, na maioria das ocasiões, o fogo não se acende sozinho. Em grande parte, o fogo é criado para limpar terrenos em processos de desmatamento, reforma de lavouras, bem como o manejar de pastagens.
É importante lembrar, também, que o desmatamento é a principal fonte de emissões de fases de efeito estufa no nosso país. Porém, com a seca que está passando a Amazônia, o fogo se espalha muito mais facilmente.
Nesse levantamento, o estado do Pará liderou a lista de focos de calor, com 41,5% deles. O Maranhão teve 15,6%, seguido do Amazonas com 14,1%. E a população já está assustada.
De acordo com a Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica, mais conhecida como Ipec, 52% dos brasileiros estão muito preocupados com o meio ambiente, bem como todas as crises naturais que o planeta vem passando.
De acordo com cientistas e estudiosos do tema, é extremamente essencial que governo, indústrias e grandes empresas, além de, obviamente, toda a população, estejam alinhados e trabalhando unidos para salvar o meio ambiente o quanto antes.
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