Já está em
vigor no Centro-Oeste do país o período de defeso da piracema, época em que a
pesca fica proibida devido à reprodução dos peixes. O objetivo é garantir o
estoque pesqueiro para a atual e para as futuras gerações. Cada estado possui
uma legislação própria e, por isso, as datas e regras do período de defeso
podem ser diferentes. Alguns liberam, por exemplo, a prática do pesque e solte
mesmo nessa época do ano. Para ajudar você, pescador esportivo, a Fish TV reúne
a seguir o que é permitido ou não nos estados de Goiás (GO), Mato Grosso (MT) e
Mato Grosso do Sul (MS). Também tem dicas para quem é empreendedor na área do
turismo de pesca e precisa pensar em alternativas de negócio para os meses de
piracema.
GOIÁS
- Início
do período de defeso: 1º de novembro de 2020
- Término
do período de defeso: 28 de fevereiro de 2021
- Rios:
bacias hidrográficas do Araguaia/Tocantins, Paranaíba e São Francisco
O governo do estado de Goiás proíbe no período de defeso a pesca amadora, subaquática,
ornamental e artesanal (com exceção da pesca de subsistência). Para consumo
doméstico, sem fins comerciais, a pesca artesanal é liberada. O pesque e solte
também é liberado no período, desde que utilizados anzóis sem fisga e que a
soltura seja imediata (o recolhimento e/ou consumo de pescado ficam proibidos
durante a piracema).
MATO GROSSO
- Início
do período de defeso: 1º de outubro de 2020
- Término
do período de defeso: 31 de janeiro de 2021
- Rios:
bacias hidrográficas do Paraguai, Amazonas e Araguaia-Tocantins
O governo do estado do Mato Grosso proíbe no período de defeso da piracema a pesca amadora,
que inclui a esportiva, e a pesca profissional. A pesca de subsistência
(desembarcada, sem fins comerciais e com cota diária) é a única liberada
durante a piracema.
MATO GROSSO DO SUL
- Início
do período de defeso: 5 de novembro de 2020
- Término
do período de defeso: 28 de fevereiro de 2021
- Rios:
bacias hidrográficas do Paraná e Paraguai
O governo do estado do Mato Grosso do Sul proíbe no período de defeso a pesca amadora, que
inclui a esportiva, e a pesca profissional, que inclui a artesanal. Para
consumo doméstico, sem fins comerciais, a pesca artesanal (de subsistência) é
liberada. O MS também autoriza o pesque e solte no Rio Paraguai a partir do dia
1º de fevereiro de 2021, mesmo antes do término do período de defeso. A
liberação de forma antecipada é possível, segundo o governo estadual, porque no
mês de fevereiro os peixes migradores que precisam subir o rio para desovar já
deixaram o Rio Paraguai.
Ecoturismo como alternativa
Quem
trabalha com turismo de pesca esportiva no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul,
estados que proíbem o pesque e solte por pelo menos três meses, precisa ser
criativo e se reinventar durante a piracema. Foi o que fez Gustavo Degani,
proprietário da Reserva do Pantanal Pousada, que fica em Barão de Melgaço (MT),
a 150 km de Cuiabá. Desde o fim do ano passado, ele começou a se dedicar a um
novo nicho: o do ecoturismo. “A ideia surgiu para faturar um pouco no
período de piracema, para não ficar sem receber nada. A gente está numa das
regiões mais bonitas do Brasil”, lembra Gustavo.
Acostumado a
receber grandes grupos de pescadores esportivos, o empresário está adaptando o
negócio para atender também um público diferente, formado predominantemente por
casais e famílias. A novidade mereceu uma marca exclusiva - Eco Xperience. No
roteiro, banho de rio, passeios de lancha guiados para conhecer a
biodiversidade do Pantanal, almoço pantaneiro, luau com fogueira e música ao
vivo, e focagem noturna de barco.
A operação
começará oficialmente somente a partir de outubro de 2021, mas o empresário
aproveitou o feriado nacional em homenagem a Nossa Senhora de Aparecida, no mês
de outubro, para fazer um teste. “Trabalhei no feriado do Dia das Crianças
quatro noites e três dias. Fizemos o primeiro pacote do ecoturismo. A operação
foi muito legal, a gente teve um feedback muito positivo, o pessoal gostou
muito”, conta Gustavo.
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