Peixes que estavam morrendo sem oxigênio são realocados em MS

Com seca histórica no Rio da Prata, em Jardim-MS, cerca de 200 exemplares foram salvos pela Operação Dourado.

Por Marcelo Telles - 05/08/2024 em Notícias / Meio Ambiente - atualizado em 06/08/2024 as 09:23

Um momento emocionante para todos que defendem as espécies de peixes dos nossos rios!


Na semana passada, a Operação Dourado fez a realocação de 200 peixes que estavam prestes a morrer no Rio da Prata, na cidade de Jardim, no Mato Grosso do Sul. As informações são do Campo Grande News.


De acordo com informações da Agência Nacional de Águas (ANA), a extensão da seca no Mato Grosso do Sul aumentou de 79% para 85% entre abril e maio deste ano. Este é o maior percentual de área afetada pela seca em MS desde setembro de 2022.


Operação salvou 200 exemplares no Rio da Prata. Foto: Marcos Maluf. 


Um dos mais prejudicados foi o Rio da Prata, ponto turístico muito conhecido do MS, que secou totalmente em um trecho de cerca de sete quilômetros, em Jardim. Onde antes havia água corrente cristalina, recebendo milhares de turistas, agora só restam terras secas e pedras.


Com isso, o oxigênio nas áreas onde a água continua a baixar está diminuindo, e os peixes da região estão procurando, desesperadamente, por um meio de sobrevivência.


Assim, cerca de 30 voluntários da Operação Dourado entraram em ação e salvaram 200 peixes. Nenhum exemplar morreu!


Peixes foram salvos e realocados para outro local, sem perigo de sofrer por falta de oxigênio. Foto: Marcos Maluf. 


Dentre os peixes, haviam dourados, cascudos, curumbatás, piraputangas, piaus e piaparas. Os exemplares foram cuidadosamente retirados e colocados em uma caixa de 500 litros com água e oxigênio. Depois, foram transferidos para uma caixa de 2 mil litros em um caminhão.


O processo envolveu várias viagens para transportar os peixes para um novo local no rio, a 5 quilômetros de distância por terra, o que equivale a 11 quilômetros pelo rio.


De acordo com o Campo Grande News, foi Edenilson de Souza Rodrigues, o capataz da fazenda onde se situa o poço d’água, quem notou que os peixes estavam perto da morte. O rio começou a secar no final de junho, e, de acordo com Edenilson, foi um momento triste ao perceber que todos os peixes estariam condenados a morrer.


A operação também envolveu os Amigos do Rio da Prata, a Polícia Militar Ambiental, o Instituto das Águas da Serra da Bodoquena, o Instituto Guarda Mirim Ambiental, a 1ª Promotoria de Justiça de Jardim, pesquisadores do Instituto Homem Pantaneiro e integrantes do curso de Geografia da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul.



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