Considerado uma das maiores ameaças à biodiversidade marinha do Oceano Atlântico, o peixe-leão está aos poucos chegando ao litoral brasileiro. O primeiro exemplar da espécie foi encontrado a menos de um ano, em Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro. Um grupo de mergulhadores afirma ter encontrado recentemente um segundo exemplar no mesmo local. Endêmico dos oceanos Índico e Pacífico, o peixe-leão não possui predador natural no Oceano Atlântico. Com grande capacidade de capturar e comer tudo o que encontra pela frente, este animal já foi responsável por provocar grandes estragos à vida marinha do mar do Caribe nos anos 80, reduzindo drasticamente a produção de peixes. Outra característica preocupante que torna a espécie um invasor implacável, se deve ao fato de uma só fêmea poder botar dois milhões de ovos por ano.
Sendo uma espécie ornamental vendida para enfeitar aquários, acredita-se que nos Estados Unidos, os peixes-leão foram jogados no mar por pessoas que desistiam de mantê-los em casa. Outra hipótese é a de que o furacão Andrew, que passou pela Flórida em 1992, tenha destruído lojas de animais e levado os peixes para o oceano. No Brasil a espécie pode ter sido introduzida, fora do seu habitat, pelo mercado de aquários.
Atualmente o peixe-leão está sendo monitorado no Brasil, porém ainda não é possível saber se a invasão pode aumentar e provocar os mesmos estragos causados no mar do Caribe. Biólogos e pesquisadores também orientam a população, que não joguem esta espécie nos oceanos.