“Acabou a era do aquecimento global. Agora, entramos na era da ebulição global”. Esse foi o comentário do secretário-geral da ONU, António Guterres, no mês passado, em que julho de 2023 foi considerado o mês mais quente já registrado em todos os tempos, ficando 0,24º mais quente do que qualquer outro mês, de qualquer outro ano.
Os números não são bons há tempos, mas, infelizmente, a tendência é piorar. De acordo com especialistas, todos os impactos dessa crise climática estão indo de acordo aos alertas já emitidos e repetidos anteriormente, ao longo dos anos. O que causa o espanto, porém, é a velocidade em que todas essas previsões estão acontecendo.
Com esses dados levantados recentemente, a NASA, Agência Espacial Norte-Americana, antecipou que, muito provavelmente, o ano de 2023 também entrará nessa lista, se tornando o ano mais quente de todos.
Acontece que, de acordo com os cientistas e especialistas, se não acontecer uma redução drástica, 2024 será ainda mais quente e mais devastador para o meio ambiente.
O diretor do Instituto Goddard para Estudos Espaciais da agência, Gavin Schmidt, considerou “anormal” a temperatura em que o planeta está alcançando nos tempos de hoje.
Ele ainda disse que um fato que pode explicar esses números excepcionais é o fenômeno natural El Niño, caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico, na sua devida porção equatorial.
O fenômeno acontece em intervalos irregulares, entre cinco e sete anos, com duração média entre um ano e um ano e meio. Com a alteração do padrão de circulação atmosférica sobre o Oceano Pacífico, o fenômeno é responsável por mudar a distribuição de umidade e as temperaturas em várias áreas do planeta.
O El Niño, por sua vez, de acordo com a responsável da Agência de Observação Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos, Sarah Kapnick, deverá acontecer com ainda mais força no ano que vem, ocasionando o já citado aumento drástico de temperatura global. Kapnick ainda disse que os cálculos apontam que 40% dos oceanos irão passar por uma onda de calor marítima.
Os especialistas enxergam todos esses fenômenos como sinais da natureza, tal como um pedido de socorro para a salvação do clima e de todo o meio ambiente.
Mas os efeitos do exacerbado aquecimento global não são, apenas, as ondas de calor. Com elas, também vêm as chuvas intensas, o aumento da quantidade e da força dos incêndios nas florestas e a destruição de seres vivos.
Por isso, é essencial que governo, indústrias e grandes empresas, além de, obviamente, toda a população, estejam alinhados e trabalhando unidos com um único objetivo: o de atender os pedidos do meio ambiente e salvá-lo, o mais rápido possível.
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