No início do mês passado, vídeos circularam pelas redes sociais, mostrando milhares de peixes que agonizavam, ou que já estavam mortos, à beira do Rio Piracicaba.
Foi a maior mortandade de peixes já registrada no local, com 253 mil peixes mortos.
Imagens são fortes e mostram os mais de 250 mil exemplares mortos. Foto: Jefferson Souza / EPTV.
De acordo com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, a Cetesb, o despejo irregular de resíduos industriai estava vindo de uma usina próxima. Na época do acontecido, a Cetesb comentou que a empresa responsável iria responder por crime ambiental, além de receber, o que eles chamaram de uma “punição severa”. Dito e feito.
A companhia divulgou que a multa ficará no valor de R$18 milhões. Após investigações, foi concluído que água residuária e mel de cana-de-açucar vazaram da usina São José, de Rio das Pedras-SP, uma empresa próxima ao rio que trabalha com açúcar e álcool.
No mês passado, o vazamento acabou causando a proliferação de bactérias nas águas do Rio Piracicaba, abaixando os números de oxigênio.
Na tentativa desesperada de procurar por oxigênio, os peixes se aglomeravam e morriam na beira do rio, trazendo cenas extremamente tristes para o meio ambiente.
Toneladas de peixes mortos à beira do rio. Foto: Gian Carlos Machado (Arquivo Pessoal).
Agora, um grupo está se preparando para realizar uma expedição científica no Rio Piracicaba, começando em novembro deste ano, em 20 pontos exatos de monitoramento.
De acordo com os responsáveis do projeto, o objetivo é monitorar a qualidade da água do rio por um trecho de 125 quilômetros, em, no mínimo, quatro expedições.
Outra medida em andamento é o desenvolvimento de um aplicativo que permitirá à população notificar os órgãos públicos em tempo real se identificarem algum problema no rio.
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