O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) deu início a um novo projeto para a conservação da biodiversidade aquática no Brasil. No início deste ano, foi oficialmente criado o Comitê de Espécies Aquáticas Ameaçadas, com o objetivo de elaborar e implementar ações para a recuperação de peixes e invertebrados aquáticos que estão em risco de extinção.
O comitê, formado por representantes de associações pesqueiras, organizações de preservação ambiental e especialistas científicos, será responsável por propor planos de recuperação para as espécies ameaçadas.
Essas ações buscarão equilibrar as necessidades de conservação com o uso sustentável dos recursos pesqueiros, assegurando que a pesca não prejudique ainda mais as populações de espécies vulneráveis.
Foto: Diogo Lagroteira / ICMbio.
De acordo com o que foi publicado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Roberto Gallucci, coordenador-geral do Departamento de Gestão Compartilhada de Recursos Pesqueiros do MMA, destacou a importância do comitê como um espaço de discussão científica e prática para a implementação de estratégias que possam reverter o quadro de extinção de diversas espécies.
"O objetivo é criar medidas concretas e viáveis para a recuperação dessas espécies, garantindo que o manejo pesqueiro seja compatível com as necessidades de conservação", afirmou Gallucci.
Foto: Marcelo Visentini Kitahara/Banco de imagens Cifonauta.
Além disso, o comitê terá um caráter permanente e contará com a participação de órgãos governamentais como o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), além de representantes de organizações não governamentais, que serão selecionados por meio de uma chamada pública a ser divulgada pelo MMA.
A criação do comitê é uma resposta às crescentes ameaças que diversas espécies aquáticas enfrentam, devido à pesca predatória, à poluição das águas e à degradação dos habitats naturais.
No Brasil, a Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção já aponta várias dessas espécies como prioritárias para a conservação. De acordo com estudos realizados por cientistas da área, muitas dessas espécies são essenciais para a saúde dos ecossistemas aquáticos.
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Os planos de recuperação, que serão desenvolvidos pelo comitê, incluirão a definição de limites de pesca sustentável e estratégias para aumentar a população de espécies em risco. Até o momento, já foram elaborados planos para dez espécies ameaçadas, com ações voltadas tanto para a preservação dos ambientes naturais quanto para a implementação de práticas pesqueiras responsáveis.
A expectativa é que essas medidas ajudem a reverter a tendência de declínio de algumas espécies-chave para os ecossistemas aquáticos, além de fomentar a adoção de práticas mais sustentáveis no setor pesqueiro.
O comitê também atuará na formação de políticas públicas para regulamentar o uso dos recursos pesqueiros, de forma a proteger a biodiversidade e garantir a sustentabilidade a longo prazo.
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