Com a chegada do outono, esperado para trazer temperaturas mais amenas, o Brasil se prepara para uma estação atípica, marcada por temperaturas mais elevadas que o normal.
Mesmo com a quebra do bloqueio atmosférico que vinha provocando uma onda de calor intensa no país, a previsão é de que os veranicos — períodos de calor e seca fora de época — continuem impactando o clima nas próximas semanas. A expectativa é de que essas condições de calor intenso e tempo seco persistam até o final de maio, afetando especialmente o Sudeste e partes do Nordeste.
Foto: Licença Envato Elements.
Embora a passagem de frentes frias traga um alívio momentâneo, o clima deve voltar rapidamente a apresentar características de calor intenso em grande parte do território brasileiro. De acordo com especialistas, o outono de 2025 será marcado por uma combinação de frentes frias e longos períodos de calor, o que pode agravar a estiagem em diversas regiões e provocar um aumento nos índices de queimadas.
Regiões como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Bahia são algumas das mais afetadas por esse cenário, que traz sérios riscos para a agricultura, especialmente para as safras tardias e cultivos de inverno. O calor excessivo também pode intensificar o desconforto térmico da população, afetando principalmente crianças, idosos e pessoas com problemas respiratórios devido à baixa umidade do ar.
Além disso, a falta de chuvas, característica dos veranicos, pode resultar em um aumento da concentração de poluentes no ar, prejudicando a qualidade do ambiente e aumentando os riscos de incêndios florestais.
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A situação climática do outono deste ano, portanto, exige atenção redobrada da população e das autoridades, que precisam se preparar para lidar com esses desafios inesperados e prolongados.
Embora o outono seja uma estação naturalmente associada ao resfriamento e à umidade, as previsões apontam para um clima mais quente que o habitual, com impactos que poderão se estender por todo o país. A preparação para essa realidade pode ser a chave para mitigar danos à saúde e à economia, além de reduzir os riscos de desastres naturais provocados pelo calor e pela seca.
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