Atividades de proteção ambiental, como a própria pesca esportiva, abrangem uma área muito maior do que parece. A prática do pesque e solte, por exemplo, muito mais do que um simples esporte, é sempre feita com o intuito de mostrar para a população os benefícios de se manter os peixes vivos e saudáveis.
No litoral do estado do Piauí, biólogos e pesquisadores chegaram ao número aproximado de 133 espécies de peixes que correm o risco de serem extintos.
Os dados foram levantados pela ONG chamada de CIA, a Comissão Ilha Ativa, que realiza a assessoria para comunidades da região que se encontram dentro da área de proteção ambiental do Delta do Parnaíba, foz do Rio Parnaíba.
Criada em 2006, a CIA vem desenvolvendo projetos desde 2010, participando de conselhos, comissões e comitês, realizando pesquisas. O grupo também capacita sua equipe técnica nas temáticas de geração de trabalho e renda, conservação e preservação ambiental, educação ambiental, organização e inclusão social e cidadania.
Porém, apesar de sempre reforçarmos a importância da pesca esportiva, na contramão dessa prática está, infelizmente, ainda em números altíssimos, a prática da pesca predatória, atividade pesqueira que é realizada de maneira totalmente desenfreada, sem se importar com qualquer medida sustentável.
É um tipo de pesca excessiva praticada pela ação humana. Para os especialistas, além das mudanças climáticas, que estão impactando negativamente todos os cantos do planeta, a pesca predatória é o principal fator causador desse número preocupante.
Todavia, não são apenas os pesquisadores que estão percebendo esses números. Na prática, os pescadores do local são os que mais estão sentindo a diminuição de exemplares.
Para biólogos que trabalham junto à Comissão Ilha Ativa, o atual cenário já vem se desenhando há tempos, mas os números estão assustando, cada vez mais.
De acordo com levantamentos realizados, cerca de 52% das espécies de peixes que possuem valor comercial está acabando. Dentro desse cálculo, 8% das espécies já nem existe mais.
Medidas para frear a pesca predatória estão sempre sendo feitas, mas elas precisam ser intensificadas. Se os números já não eram bons, os valores estão ainda mais preocupantes e é preciso ficar atento aos sinais da natureza.
É preciso agir urgentemente, antes que seja tarde.
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