A pesca esportiva movimenta turismo e mercado no Brasil
todo. Mas, quando o assunto é tucunaré, o estado do Amazonas é um dos locais
mais procurados no país na hora de enfrentar essa espécie. Para que haja um
espaço em que se discuta a conservação do peixe e se fortaleça a prática do
esporte da pesca, foi criado um Grupo de Trabalho (GT) do Tucunaré, que se
reuniu em Manaus, na última semana.
O Grupo de Trabalho é coordenado pela Secretaria de Estado
do Meio Ambiente (Sema), criado pela portaria nº 21 de 14 de fevereiro de 2020.
A formação do GT tem por objetivo a discussão científica e técnica para que
seja regularizado o ordenamento pesqueiro do tucunaré no Amazonas,
principalmente para a pesca esportiva. Dados apontam que a modalidade esportiva
de pesca atraia mais de 20 mil turistas anualmente ao estado, movimentando
cerca de R$ 300 milhões.
Eric Hanai, proprietário da Pro Tucuna Pesca Esportiva,
defende a conservação do tucunaré, lembrando que o valor do peixe vivo é sempre
maior. “Me lembro do pessoal vendendo tucunaré-açu a R$ 10 o quilo. Pensando
num exemplar de 10 kg, se chega a R$ 100, o que é pouco. Com a pesca esportiva,
a gente atrai pescadores do mundo todo que, para capturar um exemplar desse
porte, gastam de R$ 7 a 8 mil, gerando riquezas ao município e preservando os
peixes”, pondera.
Quando o assunto é preservação de espécies, na Pousada Acari tudo é levado muito a sério. “O peixe que preparamos na pousada eu compro de
pessoas que possuem tanques-rede, açudes em seus sítios, para não tirar nenhum
exemplar do rio, sequer, nem incentivar a pesca extrativista. Além disso, ainda
fazemos um trabalho de marcação dos peixes capturados, para controle”, descreve
Reiri Ribeiro do Vale, proprietário do empreendimento.
Para que haja um cuidado efetivo, José Jorge, proprietário
da Personal Fishing, defende mais ações como as do Grupo de Trabalho, também
acredita que sejam necessários mais fiscalização e rigor, o que começa por seu
empreendimento. “Por falta de endurecimento nas leis, o nosso tucunaré continua
sendo atingido pela pesca predatória e gente que permite o abate. Uma empresa
de turismo não pode, em hipótese alguma abater o tucunaré, pois ele é a nossa
galinha dos ovos de ouro. Até por isso, a proibição de matar os peixes já está
em nossos contratos”, relata.
Com os cuidados necessários para proteger e manter o meio ambiente saudável, garantimos que haja pesca esportiva para a atual e para as futuras gerações. Agora, é a sua vez de se cuidar e, assim que o isolamento social acabar, prepare a sua viagem em busca dos esportivos tucunarés-açus da Amazônia.
Abaixo você confere o drops dessa notícia:
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