Oito filhotes albinos de tartarugas marinhas foram recebidos pelo Projeto Tamara de Ubatuba, no litoral de São Paulo. Da espécie tartaruga-cabeçuda, os pequenos têm poucas chances de sobrevivência no meio natural e serão utilizados para pesquisas sobre albinismo na espécie.
Os exemplares foram encontrados na Praia do Gargaú, na cidade de Campos, no Rio de Janeiro. No ninho foram encontrados 118 filhotes, oito deles eram albinos. O fenômeno provocado pela falta de pigmentação é causado por fatores genéticos, sendo raro em qualquer espécie animal. Os filhotes que sofrem deste distúrbio congênito têm poucas chances de sobreviver na natureza, já que a falta de coloração os tornam alvos fáceis para predadores.
Em cativeiro as chances de sobrevivência das tartarugas albinas aumentam. Em 1994 o Projeto Tamar em Ubatuba recebeu dois filhotes albinos, sendo que um deles viveu por seis anos. Já em 2002 outros oito filhotes foram recebidos, mas nenhum sobreviveu.
Estima-se que um a cada mil filhotes de tartarugas marinhas nascidas sobrevivam até a idade adulta. Isso é algo natural, já que nascem com apenas 10 cm de comprimento e servem de alimento para uma grande diversidade de animais.
O Projeto Tamar é uma cooperação entre o Centro Tamar/ICMBio e a Fundação Pró-Tamar. Recebe o patrocínio da Petrobras e do Título de Capitalização Bradesco Pé Quente. Atua em nove estados brasileiros onde recebe diversos apoios locais.