Na semana passada, um filhote de peixe-boi-da-Amazônia foi resgatado em um cenário inusitado: após ser encontrado preso em uma rede de pesca na comunidade Escrivão, no município de Aveiro, no oeste do Pará.
O animal foi resgatado e transportado de avião até Belém para receber tratamento especializado. A operação de resgate foi realizada pelo Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp), vinculado à Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Instituto Bicho D'água (IBD).
O filhote, que foi apelidado pelos moradores da região como "Nego", foi encontrado no dia 19 de fevereiro, mas só teve a oportunidade de ser transportado para Belém no início de março, após uma série de procedimentos de cuidados iniciais.
Foto: Divulgação.
Antes de seguir para a capital, o animal passou por um período de reabilitação em Santarém, com o apoio da Brigada de Incêndio Florestal de Alter do Chão. Entretanto, como o centro de reabilitação mais próximo estava sem disponibilidade, a equipe precisou solicitar o apoio logístico para transferir o peixe-boi a Belém.
De acordo com a reportagem do portal G1, a especialista Renata Emin, presidente do IBD, informou que o filhote será monitorado por uma equipe de veterinários e voluntários durante a sua recuperação.
"Estamos oferecendo cuidados intensivos 24h para garantir que ele se recupere o mais rápido possível", explicou Renata, destacando a importância dessa ação para a sobrevivência da espécie.
Foto: Divulgação.
O peixe-boi-da-Amazônia é uma das espécies mais ameaçadas da região e, por conta disso, o trabalho de reabilitação é fundamental.
O animal ficará sob cuidados no Centro de Reabilitação de Fauna Aquática do IBD, em parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA), e deve permanecer em recuperação por cerca de três anos. Quando estiver pronto para retornar ao seu habitat natural, o filhote será solto na Amazônia.
Essa operação de resgate chama a atenção para a importância da preservação do peixe-boi-da-Amazônia e para o trabalho conjunto das instituições públicas e privadas em prol da conservação da biodiversidade da região.
O transporte aéreo do animal e a dedicação dos profissionais envolvidos na sua recuperação são um exemplo de como a união de esforços pode ajudar a salvar espécies ameaçadas.
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