A não existência de uma legislação própria que envolva águas internacionais, fez com que a Global Ocean Commission, composta por uma equipe multinacional de importantes empresários e representantes políticos, criasse uma iniciativa para reverter o processo crescente de degradação do ecossistema marinho. O objetivo é frear a destruição dos fundos marinhos, assim como acabar com a poluição e com a pesca predatória.
Restaurar a produtividade dos oceanos com gestão de recursos é uma das ideias da comissão. Os representantes alegam que, como não há uma governança adequada, alguns países abusam da liberdade, saqueando riquezas marítimas que não são protegidas. Para isso, pretende-se aumentar a regulamentação no uso deste recurso, visto que aproximadamente 65% da área ocupada pelos oceanos é alto mar, não tendo jurisdição de qualquer país. Para o ex-ministro do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e atual Comissário Brasileiro da Global Ocean Commission, Luiz Fernando Furlan, é importante dar início ao projeto com urgência: "Nossas propostas são prioridades deste momento para evitar a destruição da fauna e da flora. Aos poucos, muitas espécies estão sendo extintas, os corais estão desaparecendo, a pesca predatória por arrastão, que acaba levando toda vida marinha grudada no fundo do mar, está aumentando grandemente, entre outras coisas", explica.
Criada em 2013, a ação tem apoio da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM), da ONU.