Hoje, terça-feira, dia 21 de março, é comemorado o Dia Internacional das Florestas. E a Fish TV, que sempre procura aproximar o ser humano de toda a natureza que nos cerca, também faz questão de ressaltar trabalhos realizados para o bem do meio ambiente.
Mas é claro que, se falamos a respeito de florestas, precisamos falar sobre a maior floresta tropical do mundo: a floresta amazônica. Com 7 milhões de quilômetros quadrados, a Amazônia possui a maior parte de seu território em solo brasileiro.
Com isso, a floresta, muito famosa por toda a sua biodiversidade, é de total importância para todos os apaixonados por salvar e proteger o meio ambiente. De acordo com reportagem de Mayara Subtil, da Rede Amazônica, uma pesquisa recente revelou detalhes, até então desconhecidos, sobre a biodiversidade dos insetos que habitam a copa das árvores da floresta.
A reportagem ainda cita que a maioria dessas espécies nunca haviam sido descritos pela ciência. A pesquisa ganhou destaque, justamente, pelo Dia Internacional das Florestas, já que a vida destes pequenos seres representam uma parte extremamente importante e essencial para toda a natureza. A reportagem deu destaque à fala de José Albertino, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, o Inpa, que comenta o que aconteceria em caso de extinção de todos os insetos da floresta.
O pesquisador diz que, se acontecesse tal catástrofe, toda a sobrevivência das demais espécies, incluindo os seres humanos, estariam ameaçadas. Isso porque, segundo Albertino, não teríamos detalhes essenciais para que a vida continuasse, como o polinizador para castanheiras, para a andiroba e para as fruteiras, acabando os alimentos, inclusive, para as espécies de peixes presentes na região. Já que os insetos estão presentes na base da alimentação de outros animais, atingiria também, o homem.
A pesquisa em destaque ainda representa um pedaço pequeno de um longo caminho de descobertas a se percorrer, mas a sua importância é gigantesca. Normalmente, as pesquisas realizadas dentro deste ramo são feitas com invertebrados que vivem próximos ao solo.
Mas esta, que buscou altitudes maiores, surpreendeu os próprios pesquisadores: foi descoberto que 61% a fauna dos insetos que vivem nas copas das árvores jamais haviam aparecido nas amostras próximas ao solo.
Toda essa pesquisa e os processos que a envolveram durou pouco mais de um ano, contando com 38 mil exemplares de insetos contabilizados na primeira coleta. Ainda de acordo com a Rede Amazônica, cerca de 90% das espécies não foram descritas pela ciência até então. Mas os pesquisadores querem ir mais longe!
O objetivo, agora, é coletar novamente durante 14 meses seguidos, totalizando, aproximadamente, 300 mil insetos sequenciados. Assim, a pesquisa vai possibilitar uma análise mais profunda e real a respeito da biodiversidade na floresta amazônica.
Fotos: Reprodução/INPA
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