Possuindo a maior biodiversidade do planeta, a Amazônia tem cerca de 60% da sua área em território brasileiro. Seu bioma é de extrema importância para o meio ambiente, tanto do nosso país, quanto de todo o mundo.
Toda a floresta possui mais de duas mil espécies de aves e mamíferos, mais de quarenta mil espécies de plantas e mais de dois milhões e meio de insetos diferentes.
Falando sobre os peixes do local, são mais de duas mil espécies, se tornando um paraíso para os amantes das águas amazônicas e de todos que têm a consciência de preservação da natureza.
Amazônia tem milhares de espécies de peixes — Foto: Reprodução/Fish TV
Mas apesar de muitos admiradores e defensores, a Amazônia ainda possui, infelizmente, um público grande que faz o caminho inverso ao que lutamos.
O desmatamento, as queimadas, a garimpagem, o agropastoreio, a biopirataria e a matança dos peixes em larga escala, por exemplo, são fatores que ferem, de forma drástica, toda a caminhada de quem luta para protegê-la, causando cada vez mais, um desequilíbrio ecológico.
São por esses fatores que, todos os anos, todos os meses e, até mesmo, todos os dias, debatemos incansavelmente a importância da preservação da floresta.
Amazônia possui diferentes espécies de animais — Foto: Reprodução/Fish TV
Nós da Fish TV, possuímos diversos programas em nossa grade televisiva onde nossos pescadores apresentadores vão até a Amazônia, atrás dos mais belos exemplares de peixes. Todos, obviamente, praticando a pesca esportiva e tratando com muito carinho e respeito todos os animais da região.
E para comemorar esse dia 5 de setembro, convidamos alguns de nossos apresentadores, já muito acostumados com as terras (e as águas) amazônicas, para contar algumas de suas experiências na maior floresta tropical.
Tanto com relação à pesca e aos exemplares de peixes, quanto à sua preservação e cuidado, nossos pescadores são especialistas no assunto.
Lawrence Ikeda: 'O único modo de recompensar tudo que ela nos oferece, é preservando o bioma'
Lawrence em pesca na Amazônia — Foto: Reprodução/Fish TV
Vamos começar com o biólogo do grupo. Lawrence Ikeda, apresentador do Biopesca, já está acostumado em realizar as suas pescarias no local e, até hoje, se espanta com a grandiosidade e a diversidade da Amazônia.
Para Lawrence, a riqueza natural que se encontra em cada metro quadrado é algo fascinante, sem falar dos aspectos sociais e culturais dos povos nativos e tradicionais, que são únicos e totalmente especiais.
O apresentador está na linha de frente na luta pela preservação da floresta, afinal, como ele mesmo diz, as pessoas precisam entender o quão importante ela é para todos nós.
"Estamos falando do bioma que abriga a maior floresta tropical e a maior bacia hidrográfica do planeta, que inclui uma das mais ricas biodiversidades de fauna e flora. É fundamental que as pessoas tenham consciência dessa grandiosidade e que se aborde o assunto diariamente, com o objetivo de preservar os recursos ambientais e garantir um mundo sustentável", comentou Lawrence.
Belo exemplar fisgado em pesca amazônica — Foto: Reprodução/Fish TV
Quando se trata da Amazônia, cada metro quadrado de terra e cada metro cúbico de água importam. Todos os seres vivos têm um papel fundamental para que tudo funcione de maneira correta na natureza do local.
Porém, se voltamos o nosso foco para os peixes da região, Lawrence destaca a diversidade de exemplares. Com mais de 2.250 espécies descritas, ele acredita que esse número pode ser muito maior.
Lawrence ainda diz que, se levarmos em consideração que a Amazônia abriga a maior ictiofauna do planeta, todas essas espécies possuem um papel biológico essencial para os ecossistemas.
Ou seja, se torna fundamental a sua proteção, independente de qualquer premissa, desde as menores espécies dos igarapés e lagoas, até os gigantes como Piraíba, o Pirarucu e as 16 espécies do esportivo Tucunaré.
Aliás, muitas dessas espécies possuem o potencial para a pesca esportiva. Por isso, cada pescador tem um papel essencial na proteção da Amazônia.
"O pescador esportivo possui um papel fundamental na preservação desse incrível bioma. Partindo das boas práticas do pesque e solte, além da preservação dos recursos ambientais e do respeito aos aspectos socioculturais dos povos nativos".
Lawrence agradece Amazônia pelos seus peixes — Foto: Reprodução/Fish TV
Lawrence Ikeda finaliza dizendo mais do que um 'muito obrigado'. Para o biólogo da Fish TV, devemos debater e exaltar a importância da Amazônia para a sobrevivência de todo o nosso planeta.
"Mais do que a gratidão por todos os serviços ecossistêmicos que esse incrível bioma nos oferece, devemos reconhecer o seu papel de regulação climática da Terra e a manutenção dos processos de equilíbrio ecológico. O único modo de recompensar tudo isso é a conscientização e a preservação desse maravilhoso bioma", finalizou.
Laís Vanessa: 'É o principal ponto de pesca do país em variedade de peixes'
Laís em pesca amazônica com grande exemplar — Foto: Reprodução/Fish TV
Falando de uma parte mais 'turística', nada melhor do que ouvir um pouco de Laís Vanessa, jornalista, pescadora e apresentadora do programa Destinos da Fish TV.
Em suas pescarias para o programa, Laís já fisgou belos exemplares em diversos lugares dentro e fora do país. Mas, com toda certeza, a Amazônia é marcante em suas lembranças.
Para a apresentadora, quem ama a atividade e pratica o pesque e solte, tem um papel fundamental na preservação das espécies, fazendo com que a Amazônia continue sendo, cada vez mais, referência de boa pescaria.
Laís em pescaria na Amazônia — Foto: Reprodução/Fish TV
Laís cita que essa atividade não só faz bem para os peixes da região, mas também, para quem vive dessa atividade. Afinal, muitos moradores da região têm o seu sustento no turismo local.
"Pescar e soltar os peixes fisgados, além de impactar positivamente toda a natureza, ajuda e muito o turismo da região, trazendo diversos benefícios para as comunidades ribeirinhas, pois muitas delas sobrevivem da pesca esportiva", disse.
Quando precisa gravar o Destinos na Amazônia, Laís conta que é uma aventura só. Além de toda a natureza exuberante do local e das mais belas espécies de animais, a variedade de peixes é gigantesca.
Muitos pescadores procuram, a todo o momento, lugares de pesca no Brasil onde se possa encontrar uma grande quantidade de exemplares e diversas espécies diferentes. A resposta para toda essa procura, pode estar na região amazônica.
Outro belo exemplar fisgado por Laís durante gravação para o Destinos — Foto: Reprodução/Fish TV
Com mais de duas mil espécies, pescar na região é garantia de peixe na linha. Para a pescadora, quem procura quantidade e variedade na pesca, precisa ter a Amazônia como o seu destino ideal.
"O que mais me chama a atenção na Amazônia é a quantidade e a variedade de peixes. Não tem igual! Nesse quesito, sem dúvida, em todo o país, a região é o principal ponto de pesca" comentou Laís.
Ela ainda finalizou reforçando como a floresta é grandiosa para todo o nosso planeta, tornando essencial uma data como esta para lembrar da preservação e cuidado com todo esse bioma.
Eduardo Monteiro: 'Ela me proporcionou momentos inesquecíveis'
Eduardo Monteiro em pescaria na região amazônica — Foto: Reprodução/Fish TV
Para falar da Amazônia e sobre a sua importância para todos nós, precisamos ouvir quem vive a floresta, praticamente, todos os dias.
Eduardo Monteiro, apresentador do programa Pura Pesca, já pescava no local desde os 9 anos de idade, quando ia com o seu pai para pescar e acampar.
Nascido no Pará e com ligação direta com a natureza, o pescador sempre tenta, em seus programas, colocar a Amazônia como foco, mostrando seus belos peixes e lembrando sobre a sua preservação.
"Quanto mais for protegido, não só as florestas, mas os rios, lagos e mananciais, mais vamos ter uma qualidade melhor das águas e, com isso, mais peixes e mais espécies. As pessoas ainda não se ligaram que a qualidade da água está diretamente ligada à quantidade de ecossistema. Quanto mais se polui, menos espécies vão existir."
Exemplar fisgado por Eduardo — Foto: Reprodução/Fish TV
Nesse processo, todos precisam ajudar como podem. Os pescadores esportivos, por exemplo, têm o dever em preservar a natureza e os peixes da região.
Para Eduardo, apesar da maioria dos pescadores esportivos terem a consciência da preservação, ainda existe muito trabalho a ser feito com um outro grupo de pescadores.
Muitos vão até a beira pescar e, ao sair, deixam para trás lixos que acabam voltando para a água quando o rio enche.
"Infelizmente, ainda existe bastante pescador inconsciente. Nos lugares mais remotos da Amazônia, ainda se encontram sacolas e garrafinhas plásticas, latas... É preciso ter consciência, não só no pesque e solte, mas também, na questão da limpeza dos rios e na diminuição das sujeiras das pescarias", disse.
Mais um belo exemplar de Eduardo na Amazônia — Foto: Reprodução/Fish TV
Essa luta continua e Eduardo Monteiro faz questão de ajudar. Afinal, como ele mesmo diz, é 'filho da Amazônia'.
Para o apresentador, a floresta em si e a diversidade de espécie de peixes é algo que torna o ambiente extraordinário. Ele já pescou em diversos países mas diz que nada se compara com a beleza natural da Amazônia. E é isso que o faz agradecer, todos os dias.
"Eu tenho muito a agradecer a Amazônia, ela faz parte da minha vida e do meu dia a dia. Eu acredito que em mais de 150 dias por ano eu estou lá, então representa muito para mim, eu tenho muita gratidão pois ela me proporcionou momentos inesquecíveis".
Gaba: 'Enquanto eu respirar o ar que ela produz, vou defender a Amazônia'
Gaba tem relação próxima com a Amazônia — Foto: Reprodução/Fish TV
Gaba possui muito mais metas do que aquelas definidas em seus programas da Fish TV. Como um verdadeiro apaixonado pela Amazônia, o pescador sente que tem um papel fundamental para a preservação da floresta, assim como todos os pescadores esportivos.
O apresentador do A Meta, defende que a preservação das águas, dos peixes e da floresta amazônica é um assunto que deixou de estar ligado ao futuro, mas sim, ao presente.
Pois quando colocamos esse tema em foco, percebemos que muitos dos problemas atuais que vivemos podem ser resolvidos, de forma direta ou indireta, tanto para a pesca esportiva, quanto para todo o planeta.
"Com a falta de preservação da Amazônia, nosso ecossistema, nosso planeta e nossa meteorologia mudam constantemente. As queimadas, a qualidade e limpeza das águas, além da sanidade dos peixes, têm interferência direta no mundo em que vivemos", comenta Gaba.
O pescador ainda cita como a preservação do local pode influenciar também, de forma direta, a pesca esportiva.
"Preservando a água, os peixes e a Amazônia, nós teremos uma saúde econômica dentro da pesca esportiva. Afinal, nada disso acontece sem termos um local de pesca adequado, com água e peixes saudáveis. Eu sou totalmente contra a cota para matar peixe, precisamos pensar na preservação e o pescador é um agente direto nesse processo".
Gaba fisga grande exemplar — Foto: Reprodução/Fish TV
Para Gaba, os pescadores esportivos são formadores de opinião. No mundo de hoje, através das redes sociais, eles podem postar suas fotos e muitas pessoas acabam se espelhando neles.
Isso também serve para a preservação. Se cada um incentivar que esse cuidado com a natureza seja feito, quem pesca e acompanha a vida do pescador através da internet, vai se inspirar e fazer igual.
Ao sair de sua casa para visitar a Amazônia, os pescadores esportivos, para Gaba, têm a obrigação de preservar e de levar a mensagem de preservação para frente. E, ao fim da pescaria, levar para casa apenas fotografias e lembranças.
Gaba faz questão de erguer essa bandeira, afinal ele tem uma ligação muito forte com o bioma. Quando vai pescar em águas amazônicas, sente algo diferenciado.
"Minha visão é bem particular. Quando eu chego na floresta, eu sinto a mão de Deus. Lá nós vemos como as coisas são muito bem organizadas, a floresta tem seus tempos, suas horas, seus momentos, tudo em um sincronismo muito perfeito", disse.
Mais um belo exemplar de Gaba — Foto: Reprodução/Fish TV
Esses momentos, onde cada animal tem o seu lugar na cadeia evolutiva e alimentar, são mais uma prova da perfeição da natureza. Gaba ainda diz que essa união é muito perfeita, porém é frágil.
E o pescador esportivo, se não respeitar esse sistema, pode quebrar uma cadeia extremamente importante para o meio ambiente.
"Quando eu estou lá, eu tento influenciar o mínimo nesse sincronismo. Se não preservamos, essa cadeia é quebrada e, quando quebrada, prejudica todo o sistema da floresta. Nosso papel como pescador esportivo é esse: ir e tirar ao máximo de vivência, mas deixar ela, exatamente, como estava quando chegamos. Isso faz com que as próximas pessoas que forem lá, possam vivenciar o que a gente vivenciou".
Todo o sucesso que vemos nas pescarias de Gaba hoje em dia, tem um pouco da inspiração amazônica. Segundo ele, o local já o ensinou muita coisa, tanto como pescador, como ser humano.
Amazônia tem milhares de espécies de peixes — Foto: Reprodução/Fish TV
Gaba também já lidou muito com a comunidade ribeirinha que mostra que, na maioria dos casos, nós vivemos com muito mais do que precisamos.
Esse é mais um dos motivos de sua gratidão pela floresta. Para o apresentador, ter vivido esses momentos foi uma grande lição de vida.
"Eu agradeço a Amazônia todos os dias. Lá eu vi pessoas indo atrás de comida de manhã para almoçar meio dia e buscando comida de tarde para jantar durante a noite. Pessoas que não têm geladeira, que não tomam uma água gelada... Agradeço muito pelos ensinamentos que ela nos dá e a esse bioma que nós brasileiros fomos agraciados por ter em nosso território! Enquanto eu respirar o ar que ela produz, eu vou estar defendendo ela".
Léo Barabás: 'Eu peço desculpas, em nome do ser humano'
Léo durante gravação do seu programa na Amazônia — Foto: Reprodução/Fish TV
Léo Barabás, apresentador do Pesca em Ação, também é outro apresentador e pescador que defende, fortemente, o dia da Amazônia.
Para ele, quanto mais lembrarmos da preservação e cuidado com as águas amazônicas, mais espécies teremos, resultando em um grande equilíbrio ambiental.
"Lembrar de dias como este pode resultar em uma infinidade de impactos positivos para o meio ambiente. Reforçar a preservação da Amazônia pode reduzir o impacto ambiental. Com isso, pode-se ter uma maior produtividade nas pescarias, com peixes maiores e, até mesmo, a volta de peixes que estavam com risco de extinção", comentou Léo.
Belo Tucunaré fisgado por Léo — Foto: Reprodução/Fish TV
Ele vai no mesmo caminho dos outros apresentadores, que defendem que o pescador esportivo possui um papel fundamental nesse processo.
Se cada um fizer a sua parte, isso retornará de forma positiva para si. Afinal, fazer bem ao meio ambiente é fazer bem para a vida.
Com isso, os pescadores precisam ficar atentos e propagar a pesca esportiva como nunca, espalhando o conceito e plantando a semente na mente de todos.
"O papel do pescador é de extrema importância, tanto na preservação, quanto na conscientização de velhos e novos pescadores".
Léo também tem um forte carinho pela Amazônia — Foto: Reprodução/Fish TV
Para ele, o local também tem um tempero especial para a pesca esportiva. Quem quer garantia de bons exemplares, precisa conhecer a pesca local.
"Eu sempre penso na Amazônia como um local mágico, onde pescadores de todo o mundo gostariam de estar. Logo, o que mais me encanta é a vibe e a energia que tem aquele lugar. Lá encontramos o embaixador da pesca esportiva no Brasil, o Tucunaré Açu, um peixe extremamente forte, bravo e muito esportivo", comentou.
Léo ainda finaliza agradecendo a tudo que a Amazônia nos proporciona. Porém, muito mais do que gratidão, o pescador faz um desabafo, em nome de toda a humanidade.
"Eu gostaria de me desculpar! Por anos de desmatamento ilegal feito pelo homem, por anos de caça ilegal e pela poluição de todas as suas águas!".
Muito obrigado, Amazônia!
Amazônia tem grandes espécies — Foto: Reprodução/Fish TV
A mensagem que Léo finaliza nos permite a reflexão: ainda podemos nos desculpar. Não apenas em palavras, mas em atitudes. (Principalmente em atitudes!)
Que os números assustadores do desrespeito à natureza amazônica caiam todos os dias! Que no dia 5 de setembro de 2022, estejamos comemorando o Dia da Amazônia com alegria, sem queimadas, sem matança e sem destruição.
Por enquanto, o que nos resta é cada um fazer a sua parte. Que nesse dia, possamos colocar a mão na consciência e lembrar tudo de importante que a natureza nos oferece. Tudo de importante que a Amazônia nos oferece!
Muito obrigado, Amazônia!
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