Pode acreditar: o ser humano conhece apenas cerca de 5% do fundo dos oceanos. Bom, sabendo disso, é bem provável que novas espécies sejam encontradas ao longo dos anos, não é verdade?
E foi isso que pode ter acontecido com 100 espécies de animais marinhos. No mês passado, pesquisadores fizeram uma expedição na Fossa de Bounty, na costa da Nova Zelândia, para a gravação da vida oceânica na região, ainda pouco explorada pelo ser humano.
Espécie encontrada em expedição. Foto: Kathrin Bols / Ocen Census - CNN Newsource.
Foram três semanas de trabalho e muita pesquisa, em uma embarcação do Instituto Nacional de Pesquisa em Água e Atmosfera da Nova Zelândia. Durante a expedição, foram recolhidas, aproximadamente, 1.800 amostras para estudo, com registros também de fotos e vídeos, de 100 espécies de peixes, moluscos, lulas e corais.
As coletas aconteceram em várias profundidades, até a incrível marca de 4.800 metros. O próximo passo agora é o estudo para saber se, realmente, essas 100 espécies são novas para a ciência.
De acordo com a CNN, o gerente de ciência da expedição da Ocean Censos, Daniel Moore, disse que essa grande área na costa da Nova Zelândia ainda foi muito pouco explorada e o objetivo é encontrar até 100.000 novas espécies até o ano de 2033. Diversos dispositivos de pesquisa, como como câmeras submarinas, foram utilizados.
Novas espécies de peixes também estão sendo estudadas. Foto: Kathrin Bols / Ocen Census - CNN Newsource.
Porém, de acordo com os cientistas, ainda há muito trabalho pela frente, já que não conhecemos quase nada da profundeza dos nossos oceanos. Até hoje, apenas 240 mil espécies foram descritas pelos pesquisadores, sendo que especialistas dizem que esse número ultrapassa os milhões.
Na viagem de expedição em questão, uma das espécies chamou bastante a atenção dos pesquisadores. Trata-se de um ser que, aparentemente, possa ter alguma ligação com uma espécie de estrela-do-mar.
Animal que parece estrela-do-mar também foi encontrado. Foto: Kathrin Bols / Ocen Census - CNN Newsource.
Outro caso curioso foi de uma possível nova espécie de peixe, conhecida como burbot, que é algo raro de se encontrar, de acordo com o gerente de ciência da Ocean Censos.
Mas por que conhecemos tão pouco dos nossos oceanos?
O ser humano conhece muito pouco da vida nos oceanos. Foto: Kathrin Bols / Ocen Census - CNN Newsource.
Bom, primeiramente, o custo para a realização dessas pesquisas é considerado alto. E por mais que a tecnologia tenha avançado (e muito) nesse setor, algumas áreas ainda são difíceis de chegar.
Mas os pesquisadores estão otimistas com o futuro dessas explorações. Com novas descobertas todos os anos, mais e mais do fundo dos oceanos vai sendo desvendado.
Porém, não são apenas novas espécies que podem ser descobertas. Cordilheiras e vulcões submarinos, além de novas características geológicas, podem ser encontradas a qualquer momento.
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