O
estado do Mato Grosso definiu o período de piracema. De acordo com Clodomir
Ceolatto, conselheiro do Conselho Estadual de Pesca (Cepesca) e presidente da
Associação Ambientalista Turística e empresarial de Cáceres (Asatec), o
período estabelecido ficou de outubro a janeiro de 2021.
O
período é diferente da proposta apresentada pelo deputado Wilson Santos, que
sugeria que a piracema ocorresse de dezembro a fevereiro, sendo permitido nesse
período a pesca, devido ao prejuízo econômico dado pelo coronavírus. Na data
estabelecida pelo Cepesca, que é o órgão responsável por definir essas datas,
no período, fica vetado qualquer atividade pesqueira.
De
acordo com Ceolatto, a decisão foi unânime. "Fizemos uma reunião virtual
para tratarmos deste tema, e depois de pesquisas e dados apresentados,
concluímos que essa seria a melhor escolha para a natureza e o rio a longo
prazo", destaca.
Tarso
Ricardo Lopes, proprietário da Pousada Pantanal Norte, membro do Cepesca e
presidente da Federação de Pesca Esportiva e Turismo Sustentável do Mato
Grosso, diz que é totalmente a favor ao período estabelecido pelo Cepesca.
“Diante dos estudos apresentados pelo Cepesca, apoiamos e decidimos a
permanência do período de piracema. Nós, da Federação,compactuamos com isso por
entendermos que não podemos passar por cima de cientistas e especialistas que
nos mostraram a importância desse período para preservar nossos recursos
naturais”, diz.
Apesar
do período atual de pesca ter sido prejudicado por conta da pandemia, a
piracema, período em que o peixe se reproduz será respeitado. Atitude que irá
beneficiar as próximas temporadas de pesca. Gustavo Degani, proprietário da
Reserva do Pantanal, está de acordo com a medida. "Embora a gente tenha
ficado parado esses meses, a atitude de manter a piracema vai ser muito boa
para a natureza. Eu mesmo, já venho me planejando para operar com o ecoturismo
nesse período. Assim, a gente consegue se manter trabalhando e o turista pode
conhecer um outro lado do pantanal", conta.
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