Em 1992, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituía o dia 22 de março como um momento para a reflexão e o debate sobre o bem mais valioso de nosso planeta: a àgua. Mas, não é qualquer água, claro. Essa é a que podemos ingerir sem problemas, e que também é raríssima em nosso ecossistema. Ainda criou-se a Declaração Universal dos Direitos da Água, dividida em dez artigos.
Como parte desta declaração afirma, a água é a seiva do nosso planeta. Na verdade, a nossa seiva também. Já que a vida humana é inerente a existência de água potável. Pode parecer que o recurso está sobrando, já que dois terços do planeta são cobertos por ele. O problema é que aproximadamente 97,6% da água no mundo é salgada. Do que sobra de água doce, apenas menos de um por cento abastecem cidades e são consumidas. Sem contar que boa parte de toda água do planeta está poluída.
Seguindo a passos largos, a ONU acredita que a humanidade vai deixar 45% da sua população sem a quantidade mínima de água até 2050. Ou seja, daqui a pouco mais de 30 anos, quando muitos de nós podemos ser estes a ficar sem água. Aos que vivem à sombra (nem um pouco refrescante) do subdesenvolvimento, em torno de 50% por cento consome água poluída. A falta do líquido mais precioso da Terra, ou de saneamento básico, leva à morte 2,2 milhões de pessoas por ano. Ainda, o consumo de água cresceu duas vezes mais do que a população, e tudo aponta um aumento futuro.
Mudar é preciso! E é preciso agora! O quanto antes pensarmos em políticas de reestruturação urbana, avaliarmos a melhor aplicação da água nos setores agrícolas e industriais e, principalmente, nos conscientizarmos, mais tempo ganhamos também para permanecer no planeta. Há ainda os que falam em novas tecnologias, para que se possa usar a água salgada para consumo. Realmente, isso já é possível e vem sendo realizado há algum tempo. O problema são os impactos ambientais que isso causará em larga escala, os altos custos, além da poluição cada vez maior dos oceanos. O jeito é preservar a pouca água que temos e pensar que sem ela, nós deixaremos de existir completamente.