O local sempre foi muito conhecido por sua forte conservação ambiental, com foco no turismo de natureza, aproximando os hóspedes da belíssima região pantaneira.
Porém, uma situação extremamente triste teve que mudar o planejamento da Pousada Caiman, em Miranda-MS.
Com o avanço dos incêndios florestais no Mato Grosso do Sul, 80% da área da fazenda foi queimada e a administração se viu obrigada a suspender as atividades hoteleiras pelos próximos dois meses, com a reabertura prevista para o dia 29 de setembro deste ano.
Onçafari é uma das grandes atividades da fazenda. Foto: Edu Fragoso / Divulgação Fazenda Caiman.
A fazenda é considerada um verdadeiro “oásis do Pantanal”, com 53 mil hectares de natureza totalmente preservada. Apesar do ocorrido, o grupo se diz otimista e determinado a fazer tudo o que for necessário.
Durante esse período de pausa, a administração prometeu trabalhar incansavelmente para recuperar o que foi perdido nos incêndios. A equipe vê esta crise como uma oportunidade para renovação e aprimoramento.
Incêndios florestais arrasaram com 80% da área da pousada. Foto: Divulgação / Governo do MS.
A Estância Caiman formou um grupo de especialistas, incluindo biólogos e cientistas, para liderar todas as ações de recuperação. De acordo com a Caiman, este período também será aproveitado para a melhoria da infraestrutura local.
A Fazenda Caiman
Fazenda é extremamente conhecida pelo seu turismo de natureza. Foto: Divulgação / Fazenda Caiman.
Fundada há mais de 30 anos com o objetivo de conservar a fauna, a flora e a cultura do Pantanal, a Caiman é reconhecida pelos seus benefícios para o ecoturismo da região.
Com uma estrutura diferenciada no bioma, a pousada reúne grandes experiências na natureza, comandadas por especialistas.
Empreendimento possui diversas atividades de aproximação com o meio ambiente. Foto: Divulgação / Fazenda Caiman.
A propriedade, que é lar de mais de 500 espécies de mamíferos e 350 de aves, oferece uma variedade de atividades de turismo contemplativo, como Safari, Canoa Canadense, Cavalgada e Onçafari.
Os incêndios no Mato Grosso do Sul
Incêndios estão avançando por diversas regiões do estado. Foto: Divulgação / PRF.
Os incêndios florestais continuam a avançar por todo o estado do Mato Grosso do Sul.
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Inpe, apenas na primeira semana do mês de agosto, o Mato Grosso do Sul já havia registrado 2.143 focos de queimadas, com 466 ocorrendo em um único dia.
Para entendermos melhor a gravidade da situação, em todo o mês de julho foram registrados 1.419 focos, e em junho, o número havia alcançado 2.737 pontos. O período crítico, porém, infelizmente, só está começando.
De acordo com especialista é de agosto a outubro o pior momento para a ocorrência de incêndios florestais, devido às condições climáticas predominantes, como seca, ventania e calor intenso.
O pior de tudo é que, assim como aconteceu na Fazenda Caiman, os incêndios já ameaçam diversas outras reservas de preservação ambiental, trazendo risco para diversas espécie de animais e plantas da região.
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