Com a previsão final de ser inaugurado ainda no primeiro trimestre do ano de 2024, o Centro Internacional da Amazônia foi proposto em agosto do ano passado e será criado na cidade de Manaus, capital do estado do Amazonas, para que a segurança do bioma seja um assunto ainda mais forte neste ano.
O financiamento de 9 milhões de reais para o Centro, veio diretamente do Fundo da Amazônia, que realiza a captação de doações para investimentos nos setores de prevenção, monitoramento e combate aos perigos à conservação da Amazônia Legal, que é a área que engloba nove estados do Brasil pertencentes à bacia Amazônica.
Polícia ambiental trabalhará em conjunto com o Centro. Foto: Reprodução.
A ideia é que todas as ações dos países que façam parte da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica, assinado em Brasília em 1978, como Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Venezuela e Suriname, sejam unidas em uma só, com o intuito de proteger ainda mais o bioma em questão.
A OTCA é uma organização internacional, sendo o único bloco socioambiental de países dedicado à Amazônia. Com o crescente número de queimadas, desmatamentos, tráfico de drogas e de animais, por exemplo, é preciso que ações sejam tomadas para que essas atividades parem imediatamente, e com urgência.
Objetivo é combater com todas as atividades que trazem malefícios ao meio ambiente. Foto: Reprodução / Folha UOL.
A Agência Reuters divulgou, recentemente, que essas ações a serem unificadas têm envolvimento direto com a colaboração de mais policiais dos países da OTCA, incentivo aos setores de inteligência e a procura intensa por criminosos ambientais em fuga.
Além dos crimes citados que estarão sendo investigados, o garimpo ilegal em terras indígenas também será combatido.
Porém, um dos focos do Centro Internacional da Amazônia será pelo combate à pesca predatória, que tanto mal faz para nossos rios e peixes.
Pesca predatória pode causar extinção de espécies de peixes. Foto: Reprodução / TV Tapajós.
No Brasil e em diversos países por todo o planeta, a pesca predatória tem dizimado espécies de peixes essenciais para o meio ambiente local, sem contar o valor econômico que as espécies abatidas poderiam trazer para a pesca esportiva se todos tivessem a conscientização ambiental correta.
Recentemente, por exemplo, tivemos a primeira espécie de peixe, em toda a história, extinta por conta das ações do ser humano. A dúvida que fica, porém, é se esse vai ser um caso isolado ou se a pesca predatória ainda vai trazer outros casos similares.
O Centro Internacional da Amazônia foi criado para servir como mais uma ajuda para o combate a esses males, mas não para por aí. De acordo com os profissionais envolvidos, o Brasil deve compartilhar com seus vizinhos uma inovação da Política Federal chamada de “DNA do Ouro”, usada para rastreamento de ouro ilegal na Amazônia, desenvolvida em parceria com a Universidade de São Paulo, a USP.
Garimpo ilegal é uma das atividades a serem combatidas. Foto: Reprodução / Agência Reuters.
A tecnologia em questão utiliza de radioisótopos, elementos químicos instáveis que emitem radiação, para encontrar o local que o ouro está, através da verificação de partículas encontradas em áreas de mineração, em um processo de mapeamento.
Porém, com o Brasil compartilhando essa tecnologia avançada, os outros países membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica também devem fazer o mapeamento das amostras de ouro em suas terras, ajudando a encontrá-los, em uma só rede.
O objetivo é que todos as nações, em conjunto, se unam e se apoiem para a proteção do nosso bioma, cuidando da Amazônia e de todo o meio ambiente.
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