Na maior parte do Brasil, o céu parece estar coberto por uma estranha neblina. Porém, em sua maioria, essa “neblina” é, na verdade, fumaça que chega das diversas queimadas que estão acontecendo em nosso país.
A situação é tão impactante que especialistas já dizem que algo próximo a 5 milhões de quilômetros quadrados, ou 60% do território brasileiro, está coberto por essa fumaça, que pode trazer sérios problemas respiratórios para as pessoas.
As queimadas acontecem em diversas regiões, mas grande parte dessa fumaça vem da Amazônia, que passa por seu pior período de incêndios em 19 anos.
Cidades estão cobertas por fumaça. Foto: Alberto Cesar de Almeida / Amazônia Real.
Como a Fish TV trouxe, na semana passada, de acordo com imagens captadas por satélite, uma mancha de fogo se espalha sobre a Amazônia, ultrapassando 500km de extensão e 400km de largura.
Entre os estados com o maior número de focos de incêndio, o Mato Grosso se destaca com aproximadamente 25 mil ocorrências, apresentando os piores índices. Em seguida, está o Amazonas, com cerca de 15 mil focos, e o Mato Grosso do Sul, com aproximadamente 10 mil. Os biomas mais afetados são a Amazônia e o Pantanal.
Meteorologistas preveem que, até o final desta semana, a fuligem das queimadas que avança por todo o território brasileiro, poderá atingir até mesmo as capitais da Argentina e do Uruguai.
A fuligem começou a se dispersar em agosto e vem permanecendo na atmosfera, sendo carregada pelos ventos. Desde o fim de semana, a quantidade de fumaça aumentou.
Fumaça vem das queimadas e se espalha por parte da América do Sul. Foto: Reprodução / Amazônia Real.
De acordo com especialistas, enquanto houver incêndios, a fumaça continuará sobre o país. Com a onda de calor e a falta de previsão de novas frentes frias que possam dispersar a fuligem, é esperado que a fumaça persista, sem sinal de melhora.
Por incrível que pareça, apesar da distância, os estados que mais devem sofrer com a fumaça são os da região sul: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia, o Inmet, mais de 200 cidades brasileiras estão enfrentando um "clima de deserto".
Cidades estão enfrentando um perigoso clima com as fumaças. Foto: William Duarte / Rede Amazônica.
A Amazônia está passando por um momento crítico, enfrentando queimadas e secas recordes, o que gera grandes preocupações sobre seu futuro.
O aumento na frequência e intensidade desses eventos extremos reflete as mudanças climáticas e a pressão constante da atividade humana, como o desmatamento e a exploração econômica.
Se essa tendência continuar, o futuro do bioma pode ser gravemente comprometido.
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