A arara-azul saiu da lista de animais ameaçados de extinção, segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Há 25 anos a espécie é considerada em risco de desaparecer. No final da década de 80 a população de araras-azuis chegou a somar apenas 1.500 indivíduos.
Para o ICMBio, os principais fatores que influenciaram essa mudança foi o redescobrimento de indivíduos em áreas onde eram considerados extintos, o aumento populacional e a proteção do habitat da espécie. Estima-se que atualmente exista mais de 5.000 aves no Pantanal, área que abrange o Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Bolívia.
Segundo a bióloga Neiva Guedes, responsável pelo Projeto Arara Azul, o que contribuiu para que a espécie entrasse em risco de extinção nos anos 80 foi o desmatamento do seu habitat natural. O tráfico ilegal nacional e internacional da arara-azul retirou cerca de 10 mil aves do Brasil.
Fatores naturais da espécie também ajudaram a agravar a situação. A arara-azul possui baixa taxa reprodutiva, sendo que nasce um filhote por ave a cada dois anos. Fatores genéticos e climáticos também contribuem para o lento crescimento da população. Outra característica da arara-azul que influencia, é o fato de a espécie depender de três espécies vegetais do Pantanal: duas palmeiras para alimentação e o Manduvi, para reprodução.