Pela segunda vez na história, está acontecendo um resgate de animais ilhados no reservatório da usina de Serra da Mesa, norte do estado de Goiás.
No trabalho, que precisa ser feito com muita paciência e cautela, o grupo de pesquisadores formado por biólogos e veterinários parte sobre as águas da usina, se dividindo em alguns barcos.
O resgate tem como foco os animais que vivem nas ilhas do chamado Lago de Serra da Mesa. A primeira vez que o resgate aconteceu foi no ano de 1995, primeira vez que o local começou a receber água para entrar em funcionamento.
De acordo com biólogos envolvidos no projeto, com a previsão de 85% de sua capacidade (cota máxima da usina), iria ficar cada vez mais inapropriado para esses animais viverem no local.
Afinal, com a água inundando a área, a alimentação e o habitat seriam impossíveis. Em um determinado caso, por exemplo, um grupo de macaquinhos precisou ser salvo, já que estavam no topo de galhos secos por dias, com água quase na altura do pescoço.
A quantidade elevada de água nesses locais é o resultado das fortes chuvas que caíram sobre o local nesses últimos dias. Ao mesmo tempo que essa cheia é boa para a produção de energia elétrica, é extremamente prejudicial para a fauna.
A previsão é de que cerca de 250 ilhas devem desaparecer. Os pesquisadores presentes no projeto começam procurando rastros de animais nessas ilhas com chances de alagamento. Com esse método, já conseguiram salvar mais de 220 animais.
De acordo com os biólogos, fica a promessa de não deixar nenhum ser vivo para trás. Assim, quando o local estiver apropriado, novamente, para se viver, os animais serão soltos.
As imagens são de autoria da TV Globo.
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