Alerta vermelho: Por que Brasil está sofrendo com ondas de calor?

Instituto Nacional de Meteorologia emitiu alerta vermelho que vale até este domingo. Fenômeno El Niño e a emissão de gases de efeito estufa estão entre as principais causas.

Por Marcelo Telles - 21/09/2023 em Notícias / Meio Ambiente - atualizado em 21/09/2023 as 15:04

Ar condicionado em temperatura mínima, muitos litros de água e protetor solar antes de sair de casa. Não é de hoje que alguns hábitos simples já viraram costume em nosso país. Com os dias, e até mesmo as noites, muito mais quentes do que o normal, todo o planeta vem sofrendo com o aumento das temperaturas.


Recentemente, foi confirmado que o mês de julho de 2023 foi o mês mais quente já registrado. Logo depois, a NASA, Agência Espacial Norte-Americana, antecipou que, muito provavelmente, o ano de 2023 também entrará nessa lista, se tornando o ano mais quente de todos os tempos até então.


Mas, com a chegada da primavera neste sábado, dia 23 de setembro, o Brasil já ia começar a ter temperaturas um pouco mais altas. Porém, ninguém esperava por tanto.


Em função das temperaturas altas desta semana, o Instituto Nacional de Meteorologia, conhecido como Inmet, emitiu um alerta vermelho para nove estados brasileiros, os colocando sob o aviso de “grande perigo”. Existem previsões de temperatura que chegam próximas aos 43ºC.



Os estados que receberam o aviso de alerta pelo Instituto Nacional de Meteorologia são: Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Pará, Goiás, Mato Grosso do Sul e Tocantins.


Para veículos de serviço de meteorologia, ainda precisa existir uma atenção especial nestas regiões: Norte do estado do Paraná e São Paulo; Sul do Pará; Oeste de São Paulo, Minas Gerais, Bahia; Leste do Pará; Interior do Maranhão e do Piauí, além dos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins e Rondônia, que podem ter temperaturas superiores a 40ºC.


A emissão de alerta vermelho pelo Inmet, que vale até o domingo, dia 24 de setembro, às 18h, é feita quando um fenômeno meteorológico é de intensidade excepcional, como é o caso desta vez. O ápice da onda de calor está previsto para entre sexta-feira e domingo, na região Centro-Sul do país.



De acordo com especialistas, todos os impactos dessa crise climática estão indo de acordo aos alertas já emitidos e repetidos anteriormente, ao longo dos anos. O que causa o espanto, porém, é a velocidade em que todas essas previsões estão acontecendo.


O aumento da temperatura pode ter variadas causas, mas as que mais possuem relação direta com os alertas emitidos são: o fenômeno chamado de El Niño e a emissão de gases de efeito estufa.


Sobre o El Niño, ele é caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico, na sua devida porção equatorial. O fenômeno acontece em intervalos irregulares, entre cinco e sete anos, com duração média entre um ano e um ano e meio.


Mas os efeitos do exacerbado aquecimento global não são, apenas, as ondas de calor. Com elas, também vêm as chuvas intensas, o aumento da quantidade e da força dos incêndios nas florestas e a destruição de seres vivos.


Falando em seres vivos, é preciso tomar muito cuidado com seus pets durante os dias mais quentes. Uma publicação da página de Instagram @futurosmedvet tem circulado na rede social nos últimos dias, lembrando que: deixar animais presos no sol é considerado tortura; casinha de pets no sol intenso vira um forno; levar pets para passear em horários inadequados e sem proteção pode queimar as patas do animal; água para animais no sol fica quente e faz mal a saúde deles, além das correntes no sol, que viram ferro quente e queimam.



Mas, além de cuidar de seus pets e animais que você é responsável, é preciso ficar atento com a sua saúde! Com o forte calor, a umidade diminui e pode ressecar a pele, boca, nariz e olhos, além de trazer problemas respiratórios.


Nesse dias, o recomendado é beber muito líquido, evitando atividades físicas e exposições ao sol nos horários de pico de calor, utilizando sempre protetor solar e óculos de sol com proteção contra os raios UV.


Além de ficar atentos neste momento, precisamos nos preparar para o ano que vem. De acordo com a responsável da Agência de Observação Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos, Sarah Kapnick, o fenômeno chamado de El Niño, por sua vez, deverá acontecer com ainda mais força em 2024, ocasionando o já citado aumento drástico de temperatura global.



Para os especialistas, os cálculos apontam que 40% dos oceanos irão passar por uma onda de calor marítima. Isso resultará, mais uma vez, em ondas de calor em todo o planeta, inclusive em nosso país.


Se você tem atividades programadas, ou vai praticar a pesca esportiva nesses dias, se proteja como puder e fique atento às dicas e avisos das autoridades locais.



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