Criado com a ideia principal de estudar o deslocamento dos robalos e entender como acontece a migração das espécies, a Universidade Estadual Paulista (UNESP) de Registro, São Paulo, desenvolveu o Projeto Robalo. Desde 2014 atuando, essa pesquisa científica completou quatro anos de trabalho, comemorado inclusive com a notícia da publicação de parte dos resultados desses estudos em uma das mais importantes revistas da área.
Além da atuação científica que busca entender o comportamento migratório dos peixes, o projeto também atua como um aliado da pesca esportiva. Muito se questiona sobre a saúde dos exemplares que são devolvidos à água e, para solucionar essa grande questão, os estudos têm comprovado que o pesque e solte é viável. Tanto é que diversos peixes que receberam identificação após a captura, foram reencontrados alguns anos depois sadios e vivendo de maneira normal.
Para o professor da UNESP, Domingos Garrone Neto, a possibilidade de se colocar informações de contato nas marcações dos peixes tem expandido a atuação dos pesquisadores. "Esse retorno que muitos pescadores nos dão quando capturam um peixe com a tag tem aberto uma nova área de atuação, que é a pesquisa colaborativa. Sendo assim, não é apenas o cientista que trabalha, mas também o pescador que captura um peixe nosso, entrando em contato para passar informações e contribuindo com a pesquisa", comenta Domingos.
Para conhecer mais sobre o Projeto Robalo, você pode acessar a página do Facebook. Também no episódio de estreia da 6ª temporada do Biopesca, Lawrence Ikeda entrevista o professor Domingos Garrone, apresentando um pouco mais sobre as ações realizadas.