Com a chegada do verão 2024/2025, o Brasil se prepara para uma estação de temperaturas elevadas e possíveis eventos climáticos extremos.
Especialistas apontam que, devido ao fenômeno El Niño e outros fatores climáticos, o país pode enfrentar um dos verões mais quentes dos últimos anos, além de uma variabilidade nas chuvas que poderá afetar diversas regiões. A previsão já é motivo de alerta tanto para autoridades quanto para a população.
Calor intenso em todo o país
Foto: Reprodução / Pixabay.
O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) prevê que as temperaturas devem superar a média histórica em diversas partes do Brasil, principalmente nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Norte.
Com o fenômeno El Niño, que já está em desenvolvimento e deve alcançar seu pico entre os meses de dezembro e fevereiro, as temperaturas devem ser mais altas, provocando calor extremo em várias cidades.
Em algumas localidades, como Brasília, Goiânia, São Paulo e Rio de Janeiro, as máximas podem ultrapassar os 40°C durante os períodos mais quentes. Segundo o INMET, a capital federal e as cidades do Centro-Oeste têm grandes chances de registrar temperaturas médias acima de 35°C, enquanto o Norte do Brasil, como Manaus e Belém, também deve vivenciar um aumento significativo do calor.
A expectativa é que a onda de calor seja ainda mais intensa devido à persistência do El Niño, fenômeno que aquece as águas do Pacífico e altera as condições atmosféricas no Brasil.
Os opostos: secas e chuvas excessivas
Foto: Rafa Neddermeyer / Agência Brasil.
Embora o calor seja um fator predominante, a distribuição das chuvas será desigual no Brasil. O Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) alerta que, enquanto algumas regiões do país enfrentarão longos períodos de seca, outras terão chuvas intensas, com risco de alagamentos e enchentes.
A combinação de temperaturas elevadas e a anomalia climática do El Niño tende a afetar os padrões de precipitação, causando problemas tanto em áreas que já enfrentam dificuldades hídricas quanto em locais propensos a eventos extremos de chuva.
Na região Norte e Nordeste, o CPTEC prevê volumes de chuvas acima da média, o que pode gerar enchentes, especialmente em áreas urbanas, e aumentar o risco de desastres naturais, como deslizamentos de terra.
Por outro lado, estados do Sul e Sudeste, como São Paulo, Paraná, Santa Catarina e até mesmo Rio Grande do Sul, podem enfrentar secas prolongadas, com níveis de precipitação abaixo da média e consequente impacto na agricultura e nos reservatórios de água.
Aquecimento global e seus efeitos
Foto: José Fernando Ogura / AEN.
O aumento das temperaturas e a irregularidade nas chuvas também refletem a tendência de aquecimento global, que está provocando mudanças cada vez mais evidentes no clima.
De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), o fenômeno El Niño de 2025 será um dos mais fortes das últimas décadas e pode levar a condições climáticas mais extremas em várias partes do mundo.
A pressão sobre o sistema de saúde e infraestrutura do Brasil deve aumentar, com maior número de hospitalizações devido a doenças relacionadas ao calor e a poluição do ar.
O que esperar do verão e como se preparar?
Foto: Tânia Rego / Agência Brasil.
Com a previsão de um verão de altas temperaturas e condições climáticas severas, especialistas sugerem que a população se prepare para enfrentar situações desafiadoras.
Além do calor intenso, a variação nas chuvas exige que cidades e estados adotem planos de contingência para enfrentar os períodos de seca e os episódios de chuvas intensas.
A população também precisa redobrar os cuidados com a saúde, especialmente idosos, crianças e pessoas com doenças respiratórias, que são mais vulneráveis às altas temperaturas. Nas praias, rios e locais abertos, protetor solar e hidratação são essenciais.
Com as mudanças climáticas cada vez mais impactando a rotina de milhões de brasileiros, o verão de 2024/2025 será um importante termômetro para avaliar como o país está se adaptando à essas novas realidades climáticas.
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