Pai e filho, guias de pesca, abrem sua própria pousada no Rio Juma: conheça essa história

Para quem vive a pesca esportiva, encontrar histórias bonitas e emocionantes não é algo tão difícil. Ainda mais quando elas juntam o amor pelo esporte com à união em família.

E a história que vamos contar hoje é a de Aglacir Castro dos Anjos, mais conhecido como ‘guia Branco’, e de seu filho, Erison Oliveira dos Anjos, o ‘guia Branquinho’, que herdou toda a experiência e simpatia do pai para seguir os seus passos como guia de pesca.

Branco tem 60 anos e uma bela história para contar. Já trabalhou na agricultura e passou, literalmente, metade da sua vida como guia. Por trinta anos, Seu Aglacir direcionou turistas e pescadores interessados em capturar os mais belos exemplares.

O guia Branco se tornou um conhecedor dos rios ao trabalhar em embarcações recreio, onde viajava pelo Rio Negro e Solimões. Em uma determinada ocasião, a guia acabou adoecendo e teve que realizar a substituição o barco.

A partir desse dia, sua jornada como guia de pesca começou. E o sucesso durou por trinta anos, com muitas histórias e momentos inesquecíveis. Ele sempre foi muito procurado para pescar e alguns clientes já o levaram para guiar em outras regiões, por conta de sua grande habilidade. 

Em conversa com o guia Branquinho, filho do Aglacir, ele diz acreditar que o reconhecimento do bom trabalho do pai, durante todos esses anos, veio, justamente, pela sua dedicação em querer sempre ver a satisfação dos clientes, dando o melhor em cada operação e indo em busca do que os clientes precisavam.

E nessa caminhada, muita coisa aconteceu. Para eles, os fatos mais marcantes foram as amizades construídas durante toda a jornada. Amizades estas, segundo eles, que os apoiam até hoje.

Tantos exemplos bons motivaram Erison, o guia Branquinho, a seguir os passos do pai. Hoje, com 27 anos, ele também é agricultor e guia, exatamente como Branco.

Com 15 anos de experiência como guia, Branquinho diz sentir muito orgulho em poder dar continuidade aos passos do pai, que hoje é conhecido como “a lenda do Rio Juma, Guia Branco”.

“Eu quero poder fazer jus à sua trajetória, pois graças a ele e a meu mérito, hoje também sou conhecido. Ser guia de pesca não é só pilotar uma lancha, ser guia é se doar, é se esforçar e fazer acontecer! É preciso fazer o possível para que não seja apenas um simples dia de pesca, mas que seja ‘o dia de pesca'!”, comentou Branquinho.

Hoje, o guia Branco está "aposentado" e quase não vai pescar e guiar, mas seu filho tem dado conta do recado! Com muito esforço, trabalho e dedicação, conseguiram fundar a sua própria pousada: a Amazon Branquinho Lodge. A pousada está finalizando a sua construção e atende até 16 pescadores.

Branquinho nos contou como foi essa história. Segundo ele, um certo dia, em um resenha de pescaria com clientes e amigos, eles estavam preparando o almoço.

Entre conversas e histórias de pescaria, um dos amigos o questionou por que ele não montava a sua própria operação, pois tinha um grande potencial para dar certo. A partir daí, Erison começou a pensar na possibilidade.

“Fiquei pensando muito sobre o assunto. Até que, com o apoio e incentivo dos clientes que pescavam comigo, resolvi ‘meter a cara’. No decorrer do caminho, os mesmos que me deram tal ideia, me ajudaram a montar a pousada, me doando materiais. Hoje, com a benção de Deus, graças aos amigos e familiares, estamos sendo reconhecidos!”, disse.

O experiente guia Branco olha para todo esse resultado com uma emoção enorme! Segundo seu filho, durante muitos anos eles prestaram serviços para outros pousadas e, hoje, tendo a sua própria, é motivo de extrema satisfação.

Branco fica orgulhoso podendo ver um dos filhos seguindo seus passos, não só na pesca esportiva, mas na agricultura. Erison não se considera apenas um guia, já que toma conta da pousada, fecha parcerias, grupos, faz a divulgação da operação...

Mas toda essa história de sucesso não acaba aí! Eles ainda têm planos para o futuro. O guia Branco e o guia Branquinho querem expandir o nome da operação para o mundo da pesca!

“Que a gente consiga ser reconhecidos pelo mundo inteiro! Pela nossa história, nossa trajetória e pelo nosso trabalho! Que sempre tenhamos a possibilidade de atender, da melhor forma, quem se propor a vir nos conhecer!”, finaliza Erison.

Uma história marcante de pai para filho que ultrapassa as barreiras da pesca esportiva. Aliás, quem disse que a pesca esportiva possui barreiras? Com tantos anos de sucesso, parece que eles ainda têm muito a trabalhar e, principalmente, muito a conquistar!