Nem parecia a primeira vez que os atletas pescadores da equipe Cabras da Pesca, da Bahia, pescavam na represa da Usina Hidrelétrica Sérgio Motta, na Estância Turística de Presidente Epitácio, em São Paulo. O desempenho de Rodrigo Silva Vieira, Marcel Werner Silva da Fonseca e Emmanuel Fernandes Vasconcelos rendeu resultados satisfatórios: entre os 16 peixes capturados estava o maior da competição: um tucunaré azul de 63,5 centímetros.
De acordo com Rodrigo, o Digão, a fisgada aconteceu em um local raso. "No momento eu usava uma isca de superfície e um peixe atacou, mas errou. Então, logo depois, meu companheiro Emmanuel apostou no fundo com uma colher e capturou o grandão", conta o competidor.
O feito da equipe não foi apenas digno de um troféu na prova, mas também serviu de inspiração para os mais de 500 estudantes de sete a 12 anos que participaram da Oficina de Pesca Esportiva Infantil, ministrada pelo Coordenador de Planejamento e Ordenamento da Pesca Amadora do MAPA, Kelven Lopes.
Durante cerca de uma hora, ele utilizou um tom lúdico para explicar sobre assuntos como turismo de pesca esportiva, equipamentos, morfologia dos peixes, proteção ambiental e a importância de pescar e soltar. "Eu apresento todos os elos da cadeia e planto uma semente por meio da educação. O trabalho com crianças é magnifico", ressalta.
A pequena Isabela Oliveira, 9 anos, aprovou os aprendizados e conta que já tem uma relação com a pesca esportiva. "Meu pais é piloteiro e eu pesco com ele. Devolvemos os peixes porque sem eles não podemos viver". A oficina fez parte da programação da II Semana Nacional de Pesca Esportiva, Aquicultura e Proteção Ambiental, realizada e idealizada pela Associação Nacional de Ecologia e Pesca Esportiva (Anepe).