Mais de 35 representantes do turismo náutico estiveram presentes na última reunião do ano do Grupo de Trabalho do Turismo Náutico. Realizado na quarta-feira, 12 de novembro, em Brasília, o encontro foi importante para definir algumas questões que dificultam o desenvolvimento do segmento.
Legislação em vigor referente à acessibilidade em portos e marinas; desafios para o fretamento de iates para turismo em águas brasileiras e elaboração de subgrupos de trabalho - um sobre cruzeiros marítimos e outro sobre financiamentos -; foram alguns dos assuntos tratados na reunião.
No encontro, o coordenador geral de competitividade e inovação do Ministério do Turismo, Jair Galvão, falou a respeito da aplicação da portaria 311 do MTur, que define critérios de fiscalização dos serviços turísticos. Ele apresentou ainda sugestões para atualizar a Lei Geral do Turismo nº 11.771/08, principalmente no que se refere ao setor náutico.
Segundo o Secretário Nacional de Políticas de Turismo, Vinicius Lummertz, as orlas brasileiras se colocam entre as cinco prioridades do Ministério do Turismo no Plano Nacional do Turismo (PNT) para os próximos anos. Para ele, é essencial "criar um pacote de prioridades do segmento amparadas por uma argumentação política forte e que possa sensibilizar as autoridades sobre as mudanças solicitadas pelo setor", defende o Secretário.
Para o representante do Ministério, a melhor maneira de trabalhar é mostrar de que forma o segmento pode retribuir ao país, e como pode contribuir com o crescimento do Turismo, no que se refere à geração de emprego e renda. O coordenador do GTT Náutico, Cristiano Borges, aproveitou o tema de acessibilidade para mostrar o site do MTur para os participantes. Trouxe ainda os investimentos do ministério de mais de R$ 123 milhões voltados para a infraestrutura de lugares turísticos, buscando receber pessoas com mobilidade reduzida e deficiência.
Na ocasião, o presidente da Associação Brasileira de Superiates (Abrassi), Fabricio Limena, mostrou números recentes do setor de grandes iates e falou do grande mercado que o Brasil poderia aproveitar. Para ele, o país é o terceiro mercado potencial em fretamento de iates de luxo, perdendo somente para os Estados Unidos e para a Rússia. A contribuição do segmento na economia mundial em 2010, por exemplo, chegou a US$ 30 bilhões e mais de 260 mil empregos. Limenha ainda informou que a forma de cobrança de imposto no país é o que limita para os aluguéis de superiates, o que torna o Brasil um dos países mais caros para este tipo de fretamento.