O cantor sul-mato-grossense
Luan Santana fez uma live no último domingo, 22, para arrecadar fundos para a
recuperação do bioma pantaneiro, que vive o pior ano de seca e queimadas em
décadas. A apresentação fez parte do movimento “O Pantanal Chama”, que já soma
aproximadamente R$ 1 milhão em doações, conforme o Instituto SOS
Pantanal.
Foram mais de três horas de
performance em um barco-hotel cinco estrelas sobre as águas do Rio Paraguai, no
Mato Grosso do Sul. E a natureza deu um show à parte. O pôr do sol coroou a
live, que seguiu até o anoitecer no coração do Pantanal. A iniciativa teve
apoio de empresas da região, como a Joice Tur, que cedeu a embarcação. “Foi
lindo”, define a empresária Joice Santana.
Parte do valor revertido ao
Instituto SOS Pantanal já está sendo destinado a ações emergenciais. “Agora que grande parte do incêndio já
passou, as ações estão focadas em resgate de fauna e em levar alimentos a esses
animais”, detalha o biólogo Gustavo Figueirôa, co-fundador do instituto.
Comunidades ribeirinhas, indígenas e quilombolas também estão recebendo
suporte. No total, serão entregues 1,7 mil cestas básicas. Parte delas já foi
distribuída.
Além das medidas emergenciais, o
Instituto já está prevendo medidas para restauração do bioma, como o plantio de
árvores nativas. “Nosso plano é plantar 152 mil mudas em áreas degradadas pelo
fogo”, adianta Gustavo.
Brigadas rurais
voluntárias
Na tentativa
de evitar uma nova tragédia no próximo ano, a ideia do Instituto SOS Pantanal é
estruturar 50 brigadas rurais voluntárias. Seriam grupos fixos formados pela
própria comunidade local, treinados e devidamente equipados para o combate ao
fogo. Um deles já começou a ser montado.
“Um dia
antes da live, entregamos a primeira brigada, distribuímos uniformes, EPIs,
equipamentos de combate a incêndio, tudo que o pessoal solicitou na escola
Jatobazinho. Fica no meio do Pantanal, na região de Corumbá. Eles sofreram
bastante com os incêndios também”, relata Gustavo.
Funcionários
dessa escola, que teve seu entorno queimado pelas chamas, irão receber um
treinamento para que estejam melhor preparados e possam apagar o fogo de forma
mais efetiva em caso de necessidade.
Para espalhar mais brigadas fixas
como essa pelo Pantanal e atingir a meta, o Instituto espera receber mais
doações por meio do movimento “O Pantanal Chama”. Para ajudar, clique aqui. “O
movimento vai continuar por muito tempo. A live foi um ‘boom’ para chamar
atenção para o movimento, mas o movimento continua após a live”, garante o
biólogo.
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