A pesca esportiva é sempre sinônimo de alegria e de grandes momentos. Porém, existem notícias que jamais gostaríamos de divulgar.
O avião bimotor King Air, que caiu na cidade de Apiacás, no Mato Grosso, na semana passada, estava repleto de praticantes do pesque e solte, que voltavam de uma pescaria de dois dias na Pousada Amazônia Fishing Lodge, na divisa entre os estados de Mato Grosso e Pará.
Segundo a Polícia Civil, o avião, que explodiu na queda, caiu em uma fazenda próxima ao Rio Teles Pires.
Na aeronave estavam o empresário Arni Alberto Spiering, de 70 anos, seus netos João Marcos Trojan Spiering e Arni Alberto Spiering Benez, o gerente comercial Ademar de Oliveira Júnior e o piloto Helder de Souza, de 44 anos. Nenhum deles sobreviveu.
Avião caiu na divisa do Mato Grosso com o Pará. Foto: Divulgação.
Segundo o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), a aeronave estava no nome do empresário, tinha capacidade para sete pessoas, incluindo tripulantes e passageiros, e estava em situação regular.
Porém, não é a primeira vez que uma tragédia como essa acontece com pescadores esportivos. Há, aproximadamente, um ano, em setembro do ano passado, a aeronave Embraer EMB-110 que saiu de Manaus-AM para Barcelos-AM, transportando 12 pescadores esportivos e dois tripulantes, caiu próximo ao aeroporto da cidade destino. Na ocasião, todos também morreram.
A tragédia deste ano, em Apiacás-MT aconteceu dias depois da queda do avião da VoePass, que caiu em Vinhedo-SP com 62 pessoas, também sem sobreviventes.
Apesar de vermos aviões bimotores sofrendo mais acidentes, as estatísticas sobre acidentes aéreos podem variar. Porém, não há uma regra geral que indique que aviões bimotores caem mais frequentemente do que os monomotores.
Em vez disso, é essencial considerar a qualidade da manutenção e outros fatores operacionais ao avaliar a segurança de uma aeronave.
Com dificuldade, os corpos foram retirados do avião. Foto: Divulgação.
O tema é de extrema importância para o nosso meio, pois em muitas regiões de pesca esportiva no Brasil, o acesso é restrito e frequentemente só é possível por meio de aviões. Isso ocorre principalmente devido à localização remota dessas áreas, como na Amazônia e outros interiores do país, onde estradas são raras ou inexistem.
A infraestrutura de transporte terrestre é muitas vezes inadequada, com estradas não pavimentadas e pontes em mau estado, o que torna o transporte aéreo a opção mais viável.
Além disso, algumas dessas regiões são protegidas para preservar o meio ambiente, e o acesso aéreo ajuda a controlar e limitar o fluxo de visitantes, minimizando o impacto ambiental.
A Fish TV presta condolências aos familiares e amigos das vítimas do acidente em Apiacás-MT, desejando muita força nesse momento difícil.
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