Ufa, que ano! Chegamos ao final de mais um ciclo de 12 meses, depois de muitos acontecimentos marcantes. Alguns, desafiadores. Mas a maioria foram animadores e esperançosos para o avanço da pesca esportiva e para o crescimento geral da conexão do ser humano com a natureza que nos cerca!
Claro, muita coisa aconteceu, então vamos separar em tópicos para melhor esclarecimento.
Vamos falar das novidades que a Fish TV apresentou neste ano, de tudo que rolou no Campeonato Brasileiro em Pesqueiros, dos recordes e competições de pesca esportiva, dos avanços para combater os males ao meio ambiente, do crescimento do ecoturismo e, por fim, fazer uma projeção do que pode vir a ser o ano de 2024, cheio de esperança para um futuro melhor para a natureza.
O que nós queremos é que o nosso público não apenas relembre o que aconteceu, mas que crie ainda mais ideias de ações para realizar neste ano novo, relacionado ao que podemos fazer para a conservação ambiental e o fomento da pesca esportiva!
FISH TV
Novos Programas
Caminhos Argentinos
O ano de 2023 já chegou causando no mundo da pesca esportiva. Isso porque já começamos com uma grande atração: Caminhos Argentinos. Caminhos Argentinos foi uma das primeiras novidades da Fish TV neste ano, lançado ainda em janeiro, fruto da parceria da casa com o governo da Argentina e com a produtora americana We Work Together Production.
Como se já não bastasse tanta coisa boa, a atração ainda é apresentada por dois grandes nomes daqui: Laís Vanessa e Kid Ocelos.
Eles mostraram tudo a respeito do turismo, gastronomia, lazer e, obviamente, da pesca esportiva do país. Os dois apresentadores passaram por regiões como Patagônia, Mesopotâmia, Costa Atlântica e Norte da Argentina. O diferente aqui foi que Caminhos Argentinos foi lançado, primeiramente, apenas no YouTube oficial da Fish TV, para somente em agosto ser lançado para a grade de programação de tv.
“Mostramos uma Argentina diferente de tudo que o telespectador está acostumado a ver”, disse Laís. O resultado não poderia ser outro: sucesso absoluto!
Alta Performance
Em maio de 2023 foi a vez de Alta Performance, a atração para mostrar os bastidores e a preparação do pescador para os maiores campeonatos de pesca esportiva do país. Por isso, Léo Arona, com participações em mais de 70 competições e com mais de 50 troféus conquistados, se tornou o comandante.
Alta Performance é focado em mostrar o que está rolando por trás das câmeras durante uma preparação para um grande campeonato de pesca esportiva, com o lifestyle do pescador! Afinal, assim como funciona em qualquer outro esporte, o pescador esportivo precisa de uma dedicação e um foco diferenciado se quiser se sair campeão.
Com tanta história dentro do esporte, Léo Arona chegou com a cabeça erguida para mais um desafio.
“O Alta Performance veio para explicar que a pesca esportiva não é praticada apenas nos momentos de lazer, mas sim, mostrando e provando, que existe um universo totalmente profissional dentro desse esporte. O programa mostra um princípio de vida meu: a dedicação”, comentou.
Ygarapé - Caminhos das Águas
Finalzinho de setembro foi a estreia de Ygarapé. Pense em um programa leve, que une família, amigos e muita emoção na pesca esportiva.
Comandado pelos experientes pescadores apresentadores Ian Sulocki e Ruy Varella, Ygarapé, que significa curso das águas ou curso da canoa, tem esse nome como forma de homenagem aos rios, aos peixes da região norte do Brasil e aos povos indígenas que pescam o suficiente para comer, buscando sempre preservar as suas águas.
Com belíssimas imagens de natureza e de captura de exemplares, Ygarapé apresenta todo o contexto local em que o pescador está inserido, contando sobre a história dos apresentadores e convidados, além de dicas de turismo, hospedagem e passeios.
“São dois pescadores experientes que abordam regiões diferentes do nosso país, podendo pescar juntos ou separados. Nós conversamos e buscamos as melhores pautas, juntando todo o conhecimento deles e falando a linguagem do telespectador”, comentou Átila Amaral, diretor do programa.
Mas não foram só os novos programas que agitaram a tela da Fish TV. Os programas que estão há tempos na casa também passaram por novas temporadas, com muitas novidades e peixes belíssimos.
Outra mudança significativa foi do Fish TV News, que passou de um programa de três blocos para drops de 1 minuto, com notícias gerais semanais do nosso planeta. Além disso, 2024 vai ter ainda mais novidade, a começar por Vida na Água! Logo te falaremos mais sobre.
Cada vez mais, a ideia é aproximar o ser humano da natureza, te trazendo entretenimento e informação.
Busca por referências
A Fish TV foi para o outro lado do planeta para adquirir referências e absorver o máximo de conhecimento na área de feiras de pesca esportiva. No mês de fevereiro, representantes da Fish TV visitaram, mais uma vez, a Osaka Fishing Show, uma das maiores e mais importantes feiras mundiais no ramo. Mas não foi uma visita qualquer.
A participação da Fish TV neste ano de 2023 teve um propósito maior: o projeto de lançamento de seu próprio evento em breve. A partir da visita, a Fish TV pegou diversas referências para usar como exemplo, sempre focada em trazer o melhor para todos os apaixonados pelo esporte.
A Osaka Fishing Show acontece todos os anos no Japão, na cidade de Osaka, e possui um grande diferencial.
Em seu primeiro dia de evento, a feira é voltada para os compradores, lojistas, importadores e distribuidores. Já no segundo dia, a feira é aberta ao público final.
Diferente das feiras em que estamos acostumados no Brasil, onde as pessoas tiram os seus pedidos durante os eventos, no Japão, todo início de ano, são lançados produtos e o foco da feira passa a ser o relacionamento ao cliente. Na Osaka Fishing Show, a Fish TV percebeu, além da presença de muitos staffs, a participação de apresentadores famosos do Japão.
“Foi uma feira onde as marcas e a instituição em si se preocupam com a formação de pescadores, trazendo mais conhecimento para esse público, tanto a nível inicial, quanto a nível de performance”, comentou Guilherme Motta, CEO da Fish TV.
Com isso, queremos unir o que pesquisamos e estudamos, crescendo ainda mais neste ano que vai começar.
11 anos
Em 2023, completamos 11 anos de existência. Mas, acredite: não foi um aniversário qualquer. Desde o seu nascimento até os dias atuais, o canal é referência para muitos pescadores que querem aprender algo a mais, se distrair com um bom programa de pesca ou assistir à campeonatos eletrizantes.
Apesar de ter seu nicho bem específico, a Fish TV sempre mostrou ser um canal repleto de variedades em que, mesmo tendo um assunto central, nunca cansa o telespectador. Com muitas mudanças, estamos sempre buscando a excelência e desejando o melhor, aperfeiçoando o que já sabemos e buscando novos conhecimentos.
Ao olharmos os números e ver que, por exemplo, a pesca esportiva é o segundo esporte mais praticado do país, atrás apenas do futebol, nos faz entender o tamanho que esse dia 29 de junho representou e representa todos os anos.
Não é por acaso que a Fish TV celebra sue aniversário, justamente, no dia do pescador!
CBP
Ah, o Campeonato Brasileiro em Pesqueiros! Sucesso absoluto por onde passa, ele foi, mais uma vez, de grande repercussão em todos os grupos de pesca esportiva.
Tivemos as últimas etapas e a final do CBP4, o lançamento das novidades da quinta edição e o início do CBP Open, grande novidade do CBP5. Novamente, o CBP deu o que falar!
Encerramento do CBP4
Etapa Paraná CBP4
Antes da grande final da quarta edição, 2023 começou com as duas últimas etapas regionais faltantes: Paraná e Santa Catarina. No Paraná, em dois dias muito parecidos, o pesqueiro Valle Verde, em Mandirituba-PR, recebeu várias duplas de pescadores durante os últimos dias de janeiro, para as primeiras pescarias do Campeonato Brasileiro em Pesqueiros neste ano.
A grande quantidade de peixes esperada para o final de semana não apareceu, ficando bem abaixo do normal. Porém, a emoção continuou nas alturas, até superando as expectativas iniciais, com muitos pescadores emocionados ao final de cada etapa.
No sábado, tivemos um total de 80 peixes pescados, atingindo 466,430kg. Já na prova de domingo, um pouco melhor, foram 90 exemplares capturados, com 565,720kg de peixes. Com 45,830kg pescados, Jeferson e Rodrigo garantiram o topo do primeiro dia e alcançaram a vaga para a finalíssima.
Campeão da primeira etapa, no sábado, Rodrigo teve toda a força de Elisandra para garantir os 55,440kg de peixes no dia seguinte, prova de domingo, garantindo a somatória que deu o título da etapa (mais uma vez) e o título de campeões paranaenses do CBP4!
Etapa Santa Catarina CBP4
Na última etapa classificatória do CBP4, tivemos dois dias que pegaram fogo: primeiro, pela temperatura altíssima e pelo sol forte sobre a arena do Sítio 3 Lagoas, em Joinville, Santa Catarina; segundo, porque a tabela de classificação não parava por um minuto sequer.
Quem também não teve sossego foram as nossas balanças, que trabalharam pesado durante o sábado e domingo. Com um total de 73,290kg, José e Rodrigo carimbaram o passaporte para a finalíssima como os primeiros campeões do final de semana.
A primeira etapa catarinense teve um total de 184 peixes capturados, somando 1.107,900kg. A etapa de domingo em Joinville-SC começou bem parecida com a do dia anterior. Sol forte, temperatura nas alturas, peixes saindo no início de prova com uma leve travada na sequência…
A semelhança era tamanha que até na emoção as duas etapas decidiram ser parecidas. O segundo dia de disputa catarinense teve dois donos.
Aliás, todo o campeonato catarinense teve dois donos: Didi e Eduardo. Foi um total de 111,890kg, peixes lindíssimos, o topo do pódio e o troféu de campeões catarinenses do CBP 4 em mãos. A disputa de domingo conseguiu superar o dia anterior, com um total de 239 peixes e uma somatória de 1.713,830kg.
Grande Final do CBP4
No dia 11 de março deste ano, a Fish TV realizou uma cobertura espetacular, com 9 horas ininterruptas de transmissão AO VIVO de pura pesca esportiva na finalíssima da quarta edição do Campeonato Brasileiro em Pesqueiros.
Com uma audiência de mais de meio milhão de pessoas acompanhando, tanto na tela da Fish TV, quanto em nosso canal oficial do Youtube, a final foi marcante demais! Quando a prova começou, às 9h15, a Fish TV já estava ao vivo há 45 minutos e, durante este período pré-prova, era notório o clima misto de tensão e foco entre os participantes da grande final.
Porém, como sempre, apesar do nervosismo, todos os finalistas se respeitaram demais, se ajudaram e fizeram valer o real significado desse esporte tão incrível chamado pesca esportiva. No quarto e último tempo, não teve quem segurasse a dupla campeã formada por Marcel e Tiago. Quem estava andando pela arena, percebia os dois se motivando e a parceria deu muito certo.
A prova disso é a diferença para os vice-campeões. Júlio e Pedrinho, que fizeram uma final inesquecível e pescaram demais, capturaram 19 exemplares e 209,800kg. Já Marcel e Tiago colocaram nas balanças oficias do campeonato, um total de 29 exemplares, somando o número absurdo de 250,440kg de peixes!
Entre as espécies, estavam o Tambacu, Pintado, Catfish e Pirarara. O destaque foi para o momento em que eles pesaram um Tamba de 18,200kg, chegando perto do maior peixe do dia, exatamente às 16h40, pouco depois de terem pego dois outros Tambas, de 12kg e 13kg.
O título do CBP4 foi, diga-se de passagem, muito merecidamente, de Marcel e Tiago!
Com um total de 3.443,070kg, com 351 exemplares pescados, a grande final do CBP 4 também foi a etapa no Tanque 7 em que mais saiu peixe na arena.
Novidades do CBP5
Assim que acabaram as pescarias do CBP4, já começou a se falar na quinta edição. Na verdade, antes mesmo de encerrar o CBP4! Afinal, em março, no dia da grande final, quando lançamos as novidades da edição de número cinco, já começou a circular tudo que ia acontecer.
Depois de muito estudo, muitas reuniões e muitas conversas com os próprios pescadores competidores do CBP, decidimos ousar e preparar o maior Campeonato Brasileiro em Pesqueiros que o planeta já viu, repleto de atrações, incluindo a volta da transmissão ao vivo em todas as etapas.
Uma das maiores novidades foi o CBP Open, que é mais uma oportunidade que a Fish TV deu para que o pescador conseguisse a sua vaga para as etapas regionais, por um preço muito mais do que especial: 299 reais.
Por esse valor, mais as taxas diárias de pesca do pesqueiro sede, o pescador curtiu um dia inteiro de pesca esportiva e teve a chance de garantir uma vaga nas etapas regionais do CBP5.
Apesar das regras do CBP Open serem um pouco diferentes, as regras das disputas regionais continuam, num geral, como as anteriores: somatória por peso de peixes, com número livre de exemplares.
Porém, tivemos algumas alterações importantes. As etapas regionais do CBP 5, que serão disputadas em duplas, serão as seguintes: São Paulo, Goiás, Minas Gerais e Sul-Brasileiro. Este último tem esse nome por representar os três estados da região Sul do Brasil: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Desta vez, em cada etapa regional, se classificarão para a finalíssima os 10 primeiros colocados. Mas também o que impactou muito os pescadores foi sobre o mundial!
Após convite da CBPE, a Confederação Brasileira de Pesca Esportiva, o campeão brasileiro do CBP5, que volta a levar R$100.000,00 para casa, irá representar a Seleção Brasileira de Pesca Esportiva em um desafio mundial, a ser disputado em Portugal, com data e locais exatos ainda a definir.
Com todas essas mudanças, também era necessário mudar o visual do CBP. Assim, representando todas essas novidades, em março de 2023, também apresentamos a nova identidade visual do Campeonato Brasileiro em Pesqueiros da Fish TV.
CBP Open
A novidade da quinta edição que já foi logo colocada em prática foi o CBP Open. Por um preço muito acessível, foi possível garantir vaga em um dos 100 dias de pescaria, em busca de uma vaga direta para as etapas regionais. E também foi sucesso!
O CBP Open ainda está acontecendo, faltando apenas um pesqueiro para completar o ciclo. Mas, antes disso, pescadores entraram para a história em pescarias que marcaram o mundo da pesca esportiva. Os principais recordes do CBP foram batidos, acreditem, nas etapas pré-regionais desta edição.
Quem conseguiu correr e garantir vaga, se deu bem e aproveitou uma pescaria sensacional no pesqueiro Recanto do S, em Goianápolis, estado de Goiás, primeiro pesqueiro do Open.
Diego de Souza Lopes, o famoso Baiacu, foi o grande vencedor do primeiro CBP Open. Em setembro, depois de boas pescarias, mais uma etapa do Open no Recanto do S começou com altas expectativas. Porém, nem o pescador mais otimista poderia imaginar uma noite como essa, pois tivemos um acontecimento histórico.
O competidor Fernando Pessoa, mais conhecido como Fernandinho, capturou o maior peixe de um campeonato oficial de pesca esportiva do Brasil em TODAS as modalidades: um PIRARUCU de 87,840kg, recorde brasileiro!
Porém, quando os pescadores voltaram ao Recanto do S no dia seguinte, mal sabiam que ainda tinham dois Pirarucus gigantes esperando para serem fisgados.
Outros dois exemplares da espécie saíram na pescaria seguinte, batendo todos os recordes da competição. Isac de Souza conseguiu o primeiro lugar e a vaga para as etapas regionais do CBP5, além de R$1.000,00, ao capturar o segundo maior peixe do CBP, um belíssimo Pirarucu de 47,400kg.
O segundo colocado do dia, Jedean Martins, pegou o terceiro maior peixe de todos: outro Pirarucu, agora de 43,540kg.
Já em outubro, no Pesqueiro Recanto das Lagoas, em Mairiporã, São Paulo, Alexandre Moreira conseguiu um troféu que valeu tanto quanto: um Tamba de 34,200kg, o maior já registrado da espécie em todas as edições do Campeonato Brasileiro em Pesqueiros. Foi um show total!
Agora, para 2024, faltam apenas as etapas pré-regionais no Pesqueiro Sasse, em Rodeio, Santa Catarina. As pescarias acontecerão nos dias 10, 11, 12 e 13 de janeiro.
PESCA ESPORTIVA
Recordes
Se teve uma coisa que aconteceu no mundo da pesca esportiva em 2023, foi a quebra de recordes nacionais e mundiais. E não foram poucos! Além de todos os recordes dentro do Campeonato Brasileiro em Pesqueiros citados acima, os pescadores esportivos arrebentaram.
No final de janeiro, Antônio Pedro Servulo Molinari, de Goiânia-GO, teve sua vida de pescador mudada para sempre. Ele recebeu a confirmação de que sua Pirarara era recorde mundial. Capturado ainda em 2022, o peixe teve incríveis 1,39m e mais de 70 quilos!
Os pescadores conseguiram levar o exemplar até a praia para a medição, utilizando a régua oficial do IGFA, International Game Fish Association, principal autoridade em atividades de pesca do planeta. Eles reconheceram o recorde mundial do pescador! Em junho, uma briga que durou quase uma hora valeu muito a pena!
O pescador esportivo italiano Alessandro Biancardi, de 43 anos, foi para mais uma de suas pescarias no Rio Pó, localizado na província de Mântua, na região da Lombardia.
O que parecia ser uma pescaria como todas as outras, calou os incrédulos e entrou para a história da pesca esportiva. Levando até um local mais apropriado, Alessandro mediu o exemplar: 2,85m. Era um bagre Silurus glanis gigantesco! O recorde ultrapassou o antigo maior bagre em, apenas, quatro centímetros.
Agora, nos últimos três meses de 2023, os recordes saíram aos montes. Em outubro, o pescador Igor Paschoal capturou um Tucunaré-Açu belíssimo de 92 centímetros, recorde brasileiro absoluto.
O exemplar pego no Rio Uneiuxi, foi catalogado como o maior da espécie já registrado. De acordo com a BGFA Recordes, o equipamento utilizado foi uma Vara Enzo 5'6" 20 lb, Carretilha Curado DC 151XG, Linha Multifilamento 65 lb e Isca Rocket 140, com a operação Barco Zaltana.
Já em novembro, foi a vez da confirmação de um recorde com o selo Fish TV!
Ian Arthur Sulocki, apresentador do Ygarapé - Caminho das Águas, capturou exemplar de Aruanã Prata que se tornou recorde absoluto masculino. No Lago de São Rafael, no Rio Itacoaí, no Amazonas, Ian pescou o seu exemplar de 86 centímetros.
Com a medida, Ian ultrapassou o antigo segundo colocado, Fernando Mello, com um exemplar de 80cm; e o antigo primeiro colocado, Anderson Guedes, que havia pego um exemplar de 85cm.
Em dezembro, em águas brasileiras, o destaque foi para um pescador norte-americano que capturou um exemplar que empatou com o atual recorde de Tucunaré-Açu: 92 centímetros.
Porém, como ainda não existe uma categoria para pescadores estrangeiros, a BGFA emitiu certificado de Recorde Pessoal. Apesar de ter sido confirmada em dezembro, foi no dia 15 de outubro que o pescador partiu para uma pescaria no Rio Curicuriari, levando sua grande isca de hélice, que deu o baita resultado.
Através de suas redes sociais, o pescador comemorou. “Não é uma viagem para qualquer um, não é fácil! Mas se você estiver interessado em fazer uma pescaria em busca de peixes que quebram recordes, então essa é a viagem para você!”.
Dias depois, uma coincidência daquelas que só a pesca esportiva nos proporciona foi divulgada pela BGFA Recordes: tivemos um recorde duplo empatado, na categoria Brasileiro Masculino Absoluto, para a pesca esportiva do peixe da espécie Piraíba (Brachyplathystoma filamentosum).
Os exemplares foram capturados e devolvidos às águas, cumprindo todas as normas conhecidas da pesca esportiva. Os pescadores que realizaram esse grande feito foram Celio Donizete Oliveira e Melhem Naim Charafeddine.
Os dois peixes, medidos com as réguas oficiais da BGFA Recordes, resultaram em exatos 217 centímetros.
Citamos apenas alguns, mas tivemos muitos outros neste ano. Foi recorde atrás de recorde em 2023!
Competições
Como sempre, tivemos um crescimento no número de campeonatos e torneios de pesca esportiva pelo nosso país. Foram competições espalhadas por todos os cantos, com outros recordes em tamanhos e número de exemplares.
Sempre fomentando, cada vez mais, o pesque e solte. Claro, não tem como relembrar todos os torneios que aconteceram, mas alguns foram bem marcantes.
Além de todas as etapas do CBP4 e da preparação para o CBP5, com as disputas do CBP Open, também tivemos grandes pescarias no Circuito Goiano de Pesca Esportiva e no Circuito Gigantes do Araguaia, eventos que tiveram etapas até outubro deste ano, quando foram finalizados.
Tanto o Circuito Goiano de Pesca Esportiva, quanto o Gigantes do Araguaia, surgiram para fomentar a preservação do meio ambiente e de nossas espécies, bem como movimentar o turismo local e a economia das cidades anfitriãs de cada etapa.
Também tivemos as pescarias do Festival Internacional de Pesca Esportiva de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, em fevereiro. A Fipec é o Festival Internacional de Pesca Esportiva de Corumbá, que acontece desde a década de 90.
O evento contou com mais de R$100 mil em prêmios, entre eles um motor de popa X HP, barco de alumínio, moto e um carro zero quilômetro.
Pouco tempo depois, já começaram as preparações para o 40º FIPe, o Festival Internacional de Pesca Esportiva de Cáceres, no Mato Grosso.
Eram diversos palcos espalhados pela cidade e não havia um canto sequer em que a música não tomava conta do ambiente. Ao passar dos dias, era possível ver os turistas chegando em peso.
A rede hoteleira de Cáceres, por exemplo, estava com sua ocupação em 100%. Sobre a pesca, por exemplo, o FIPe também também se mostrou muito preocupado com a inclusão.
Apesar de todos esperarem pela pesca embarcada motorizada, última a ser disputada, o festival ainda contou com outras seis categorias, que mexeram com o coração de quem participou ou acompanhou.
Uma prova disso foi o maior peixe capturado em todo o festival. Evandro Venturolli, que estava fazendo a sua estreia em pesca em caiaque, capturou um Jaú de 1,17m. O exemplar era tão grande que ultrapassou, até mesmo, a régua oficial do campeonato.
Durante o 40º FIPe, tivemos as seguintes categorias, em ordem de acontecimento: a pesca PCD, pesca Sênior, pesca Infantil, pesca Juvenil, pesca em Caiaque, pesca em Canoa e pesca embarcada Motorizada. Como comentado, impossível destacar um só.
Além destes, muitos outros, espalhados pelo nosso país, atraíram pescadores esportivos de todas os cantos para se praticar a conservação da natureza.
Curiosidades
Mas assim como em qualquer área, a pesca esportiva teve o seu momento de curiosidades, onde tivemos diversos acontecimentos que chamaram a atenção. São vários, mas vamos separar alguns destes.
Pesca virtual
Por exemplo, no início do ano demos destaque para um pescador esportivo apaixonado que também amava jogos eletrônicos.
Para unir o útil ao agradável, Diego Gimenez, viciado em um famoso jogo virtual de pesca esportiva, decidiu trazer mais emoção para a prática, com equipamentos e movimentos reais, adaptando o controle de videogame para sua vara e carretilha.
Durante a pandemia da Covid-19, Diego teve uma ideia. Já que passávamos pela fase de quarentena, saíamos menos de casa e as viagens para a pesca estavam suspensas, uma carretilha e uma vara bipartida poderiam sofrer adaptações, fazendo delas o novo controle do Fishing Planet, o jogo em questão.
Diego adaptou os circuitos de dentro do controle para a vara e para a carretilha, aumentando a experiência e fazendo com que o jogador se sentisse, ainda mais, parte do jogo.
Pesca Esportiva nas telas de cinema
Com estreia mundial em junho deste ano, filme de Joshua Caldwell trouxe incrível história envolvendo superação e pesca esportiva. Mending the Line, que em português seria algo como “Consertando a Linha”, é o nome do drama.
A produção conta a história de John Colter, um fuzileiro naval, veterano ferido na guerra do Afeganistão, que é enviado de volta para uma instalação em Livingston, no estado americano de Montana. Lá, ele conhece um senhor apaixonado pela pesca com mosca. A amizade é ligada pela pesca esportiva, onde John vai aprendendo a praticar o esporte, que o ajuda a lidar com seus traumas emocionais e físicos.
A história foi escrita por Stephen Camelio e teve sua estreia mundial no dia 9 de junho deste ano. O elenco conta com atores como Brian Cox, Sinqua Walls, Perry Mattfeld, Chris Galust, com Patricia Heaton e Wes Studi.
Tatuagem do CBP
Pescador paranaense Jeferson dos Santos participou do CBP e gravou, em sua própria pele, um registro da briga com um belo exemplar.
O apaixonado competidor, em uma disputa nas etapas catarinenses do CBP4, capturou um bom exemplar de Tambaqui de 9,600kg. Só que a emoção foi tanta e o momento foi tão marcante para Jeffe, que ele eternizou o CBP na pele, uma grande tatuagem na parte interna de seu antebraço.
Troféu entregue para campeões do Campeonato de Dourado
Realizado em 2020, segunda etapa da competição teve de ser cancelada por conta da pandemia da Covid-19.
Assim, campeões da primeira etapa receberam o troféu neste ano. Tratava-se do Campeonato de Dourado Gêmeos Pesca Esportiva, que aconteceu em Corrientes, na Argentina, na pousada que dá nome ao campeonato, mesmo local onde foram entregues os troféus de campeões para os pescadores Frederico e Pablo.
Nas águas do Rio Paraná, os pescadores Frederico e Pablo conseguiram capturar oito bons exemplares de Dourado, que somaram 212cm. Com uma diferença de oito centímetros para a dupla que ficou na segunda colocação, Frederico e Pablo venceram o primeiro turno e agora são, reconhecidamente, campeões do Campeonato de Dourado Gêmeos Pesca Esportiva.
MEIO AMBIENTE
Em 2023, o assunto Meio Ambiente foi um dos mais comentados. Seja pelo aumento dos números preocupantes a respeito do efeito estufa, assim como o número de queimadas e desmatamentos, além dos novos peixes descobertos e leis que promovem a proteção da natureza.
Novos peixes e espécies inusitadas reaparecendo
Peixe-leão
No início de abril, começou a ser compartilhada nas redes sociais o registro de um exemplar de peixe-leão na praia de Jacumã, no estado da Paraíba. O peixe-leão, natural da Ásia, também conhecido em outras regiões como peixe-dragão, peixe-escorpião e até peixe-pedra, é um peixe marinho predador e muito venenoso.
Normalmente, em sua caçada, encurralam as presas com seus grandes espinhos dorsais (são 18 espinhos venenosos), antes de devorá-las. Mas os fatores naturais para a sobrevivência da espécie não são nocivas ao meio ambiente, trazendo uma forte ameaça para toda a vida marinha de onde ele se encontra.
A espécie, dos gêneros Pterois, Parapterois, Brachypterois, Ebosia ou Dendrochirus, pertencentes à família Scorpaenidae, possui fácil reprodução e vem se multiplicando em grandes quantidades em nosso litoral.
Bagre Neotropical
A cidade de Veríssimo, em Minas Gerais, mais precisamente no Rio Uberaba, foi o palco onde pesquisadores descobriram, recentemente, mais duas novas espécies de peixes em águas brasileiras. Tratava-se de peixes do gênero Trichomycterus, que talvez você conheça como bagre neotropical.
Os pesquisadores perceberam nos exemplares capturados, a presença de dentes fora da boca, que permitiam o animal se movimentar no sentido zig-zag, dando a oportunidade de escalarem rios, riachos e cachoeiras.
O resultado da pesquisa foi divulgada na semana passada por seus descobridores Valter Azevedo e Axel Katz, que realizaram todos os procedimentos em conjunto com Wilson Costa e José Leonardo Mattos. A descoberta foi formalizada em um artigo científico na revista MDPI.
Carpa Laranja
O britânico pescador Andy Hackett, apaixonado por pesca esportiva, saiu em mais uma de suas aventuras em busca de um belo exemplar nas lagos de Bluewater, em Champagne, histórica província francesa.
Porém, nem em seus dias mais otimistas, Andy imaginava algo assim. De acordo com o próprio pescador, na fisgada ele já percebeu que o peixe seria dos grandes. depois de uma briga daquelas, com muita calma, o pescador capturou o peixe-dourado.
A Carpa gigante já chamou a atenção pela sua cor brilhante, fortemente alaranjada, o que acabou sendo a razão de seu apelido: “The Carrot”, ou, “A Cenoura”.
De acordo com o jornal Daily Star, o exemplar de, aproximadamente, 30kg é uma das maiores Carpas já capturadas em todo o mundo.
Peixe-mão
Durante uma expedição para determinar de que forma as mudanças climáticas vêm afetando os parques marinhos e a pesca local, pesquisadores do Commonwealth Scientific and Industrial Reserach Organisation, o CSIRO, avistaram o “Peixe-mão”, se locomovendo no fundo das águas da Tasmânia, na Austrália.
Até hoje, só se tem registro de três exemplares iguais a este, que foram captados nos anos de 1986, 1996, e agora em 2023. Com uma câmera submarina, os pesquisadores, que ficaram muito animados com o achado, conseguiram chegar até uma profundidade de 292 metros.
Peixes das Nuvens
Pesquisadores conseguiram identificar três novas ocorrências dos Peixes das Nuvens. O trabalho foi feito por pesquisadores do Laboratório de Ecologia de Peixes da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, em um trabalho de doutorado de Gustavo Henrique Soares Guedes, desenvolvida através do Programa de Pós-graduação em Biologia Animal da Universidade.
Os chamados de Peixes das Nuvens, são peixes rivulídeos raros, que possuem características em comum, dentro mais de 300 espécies espalhadas pelo país. Num geral, são peixes bem pequenos, com até 4 centímetros, tendo como características mais marcantes os padrões de colorido das espécies e seus tipos de desenvolvimento.
Anualmente, eles podem ser encontrados em ambientes aquáticos sazonais, formados durante o período das chuvas, podendo permanecer secos por longos períodos. Os ovos ficam enterrados, se desenvolvendo dentro do substrato úmido até a próxima estação chuvosa. Com isso, os brejos se enchem, novamente, e os ovos eclodem.
Scobinancistrus raonii
Em novembro, pesquisadores e estudiosos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, o INPA, em conjunto com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e com pesquisadores da Universidade Federal do Pará, descobriram uma nova espécie de peixe no estado.
Tratava-se do Scobinancistrus raonii, como fora batizado: pequeno peixe, de até 17 centímetros, com cores verde-oliva e manchas redondas amarelas. Os cientistas chegaram à conclusão após analisar, precisamente, diversos exemplares da espécie, levando em consideração inúmeros fatores para que o veredito fosse tomado.
Dentre eles, estão: o tom de cor, formato das manchas do corpo do peixe, sua boca e dentes, além das demais estruturas corporais dos exemplares. A descoberta foi publicada na revista cientifica Neotropical Ichthyology.
As informações suficientes para chegar às conclusões dos cientistas foram coletadas em diferentes expedições para o rio Xingu, um dos mais importantes do país, muito conhecido, inclusive, pela prática do pesque e solte.
O nome científico do peixe foi escolhido como uma forma de homenagem ao cacique dos caiapós.
Tilápia do mar
Recentemente, em um estudo inédito publicado pela Aquatic Ecology, renomada revista científica, foram apresentadas evidências de que a espécie Tilápia está se adaptando ao mar. No Brasil, exemplares da espécie já foram encontrados em diversas praias, desde o litoral de Santa Catarina até o litoral do Maranhão.
O trabalho científico tem autoria de pesquisadores brasileiros de onze instituições diferentes. Um detalhe, porém, é que a Tilápia é uma espécie que não é nativa do nosso país.
Africana de origem, essa espécie apresenta características invasoras e sua presença em um ambiente marinho pode trazer desequilíbrios preocupantes no ecossistema, como o nascimento fora de controle de organismos como algas e bactérias, podendo trazer diversas doenças para outras espécies que ali vivem.
Além disso, a Tilápia também pode competir com peixes nativos dessas regiões, brigando por alimentos e por território, por exemplo, ainda mais tratando-se de uma espécie bastante territorialista. Outro detalhe é que essa espécie costuma se alimentar de pequenos peixes, camarões e crustáceos.
Tubarão-da-Groenlândia de 518 anos
O exemplar de tubarão-da-Groenlândia (Somniosus microcephalus), animal mais velho do planeta que se tem registro, foi visto recentemente em Belize, no oceano do Caribe.
Pesquisadores fizeram a estimativa que o peixe possua 518 anos, conta feita através da análise de suas vértebras, onde cada banda de vértebra corresponde a um ano de seu crescimento. A espécie costuma possuir, aproximadamente, 5 metros de comprimento, podendo chegar a 7, mas demora a crescer.
Para o Museu de História Natural da Flórida, um exemplar em específico cresceu apenas seis centímetros em 16 anos, datado do ano de 1936. De cor cinza escuro, o tubarão-da-Groenlândia possui corpo cilíndrico, podendo chegar a quase 2 toneladas.
A descoberta deste ano, porém, foi realizada por pesquisadores da USP, a Universidade de São Paulo, uma das mais conhecidas e respeitadas do país. A primeira aparição do animal, registrada em imagens, foi no ano de 1995, há 28 anos.
Alguns fatores dificultam o registro de animais como este, como a sua baixa densidade demográfica e empecilhos técnicos para a captação de imagens, tornando o momento captado pelos pesquisadores ainda mais especial.
Peixe Bagre Blindado
Uma espécie de bagre blindado no Brasil foi descoberta e identificada por pesquisadores britânicos. Nomeada de Corydoras colossus, o peixe, encontrado no rio Jutai, na região da bacia amazônica, exibe uma notável habilidade de conseguir mudar sua coloração.
Após ser capturado e estudado no Museu de História Natural de Londres, uma profunda análise revelou que se trata, realmente, de uma nova espécie.
Entre suas peculiaridades estão: plaquetas que se assemelham a um pequeno mosaico, cobrindo a parte frontal do corpo, uma mancha escura bem característica ao redor dos olhos e outra em forma de “V” na cabeça, quando se é observado de cima.
Desastres ambientais
Queimadas e desmatamento na Amazônia
O primeiro trimestre de 2023 foi o pior desde 2008 nesses números. No período, foi confirmado que o desmatamento nesta área aumentou em, praticamente, três vezes, comparado ao ano de 2022, com um crescimento significativo de cerca de 180%.
O relatório foi divulgado em abril pelo Imazon, o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia. A instituição é brasileira, focada em pesquisas para promover a conservação e o desenvolvimento sustentável da Amazônia. O Imazon existe há 30 anos e já publicou, aproximadamente, 700 artigos em revistas científicas internacionais, além de mais de 100 livros.
As imagens de satélite foram estudadas e monitoradas pela organização, onde detectaram uma área de 867km² de derrubadas nos três primeiros meses de 2023, abrangendo a bacia Amazônica nos estados de Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Amapá, Pará, Rondônia, Acre, Amazonas e Roraima.
Dentre todos os estados, foi no Amazonas em que o aumento do desmatamento liderou, principalmente na região sul amazonense. A derrubada passou de 12km² em março de 2022 para 104km² em março deste ano. Isso representa uma área nove vezes maior, com uma alta de 767%. Mas esses números ficaram ainda piores.
Outubro deste ano foi o pior do mês nos últimos 15 anos. Segundo dados divulgados pelo Programa de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Inpe, 22.061 focos foram detectados. Um mês antes, em setembro deste ano, o governador do Amazonas, Wilson Lima, já havia decretado estado de emergência ambiental, que está em vigor até hoje.
De acordo com a Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica, mais conhecida como Ipec, 52% dos brasileiros estão muito preocupados com o meio ambiente, bem como todas as crises naturais que o planeta vem passando.
Com isso, a coordenação da Universidade de Oxford, do Reino Unido, pesquisadores de oito universidades diferentes chegaram a cálculos preocupantes para o futuro do nosso país.
Para os especialistas, o Brasil deve desmatar, aproximadamente, 65 milhões de hectares nos próximos trinta anos, se nada for feito para impedir. Para se ter ideia deste número em metros quadrados, a situação é ainda mais assustadora: são 65 bilhões de m2.
Rios da Bacia Amazônica
De acordo com dados divulgados em um relatório do Sistema Geológico Brasileiro e da Agência Nacional de Águas, quatro dos seis principais rios da Bacia Amazônica registraram o menor nível histórico no mês de setembro. São estes: Rio Negro, Rio Amazonas, Rio Branco e Rio Purus.
Além destes, o rio Madeira e o rio Solimões também precisam de atenção, já que não alcançaram o recorde negativo, mas estão com números próximos. A estiagem pode ter um grande efeito negativo em todo o país, trazendo problemas para o abastecimento de energia, no escoamento da Zona Franca, onde entram mercadorias nacionais e internacionais, e em todo o setor da agricultura.
Como os rios possuem ligação um com o outro em todo o território nacional, o efeito da seca acaba se espalhando em cascata, atingindo outras regiões e estados. O problema maior, porém, talvez venha da previsão do especialistas, que comentaram que o tempo de recuperação para esse dano deve ser de, aproximadamente, quatro anos.
Peixes com risco de extinção no Piauí
No litoral do estado do Piauí, biólogos e pesquisadores chegaram ao número aproximado de 133 espécies de peixes que correm o risco de serem extintos.
Os dados foram levantados pela ONG chamada de CIA, a Comissão Ilha Ativa, que realiza a assessoria para comunidades da região que se encontram dentro da área de proteção ambiental do Delta do Parnaíba, foz do Rio Parnaíba.
De acordo com levantamentos realizados, cerca de 52% das espécies de peixes que possuem valor comercial está acabando. Dentro desse cálculo, 8% das espécies já nem existe mais. Medidas para frear a pesca predatória estão sempre sendo feitas, mas elas precisam ser intensificadas.
Mudanças climáticas
Os números não são bons há tempos, mas, infelizmente, a tendência é piorar. De acordo com especialistas, todos os impactos dessa crise climática estão indo de acordo aos alertas já emitidos e repetidos anteriormente, ao longo dos anos.
O que causa o espanto, porém, é a velocidade em que todas essas previsões estão acontecendo. Com esses dados levantados recentemente, a NASA, Agência Espacial Norte-Americana, confirmou o ano de 2023 como o ano mais quente de todos.
Acontece que, de acordo com os cientistas e especialistas, se não acontecer uma redução drástica, 2024 será ainda mais quente e mais devastador para o meio ambiente.
O diretor do Instituto Goddard para Estudos Espaciais da agência, Gavin Schmidt, considerou “anormal” a temperatura em que o planeta está alcançando nos tempos de hoje.
Em novembro, a Agência da Organização das Nações Unidas, a ONU, através da Organização Meteorológica Mundial, publicou o relatório de um estudo em que confirma que os números dos gases de efeito estuda atingiram níveis recordes em nosso planeta, mais uma vez.
De acordo com o órgão, no ano passado, se comprássemos os números de dióxido da carbono, CO2, com os anos médios do século XVIII, período pré-industrial, os níveis do gás seriam maiores que 50%; um aumento de 0,5% com o pico anterior atingido no ano de 2021. Mas não foram, somente, os níveis deste gás em específico que atingiram recordes negativos: os gases metano e óxido nitroso também estão preocupando especialistas.
Comparado ao período anterior ao industrial, o metano aumentou em 264%. Já o óxido nitroso, 124%. Segundo pesquisa, aglomerados de tempestades, que representam cerca de 40% das chuvas na Amazônia, estão apresentando uma grande diminuição com o passar dos anos.
Para os cientistas, após dados coletados e muito estudo, é possível afirmar que essa diminuição tem como causa a grande mudança climática que o planeta vem passando.
TURISMO
Qualquer atividade que seja realizada por alguém, durante uma viagem, com permanência em locais distintos do que vivem, com fins de lazer, negócios e outros. Essa é a definição resumida de Turismo, de acordo com a Organização Mundial de Turismo.
E se temos um setor que continuou crescendo em 2023, com certeza foi este. Movimentando a economia mundial em demasia, todas as suas áreas foram destaque neste ano e a previsão é de que ela continue a crescer.
Ecoturismo
Seja uma caminhada no meio da mata, um acampamento num local estratégico, uma trilha nas montanhas, mergulhos em rios e cachoeiras ou, simplesmente, lançar suas iscas nas águas para a prática da pesca esportiva em busca dos maiores exemplares.
O turismo de natureza, ou ecoturismo, abrange diversas atividades em que nós, seres humanos, tiramos um tempo para relaxar e aproveitar esses momentos de proximidade com o meio ambiente.
O ecoturismo é definido pelo Ministério do Turismo como um segmento que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural, através da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações envolvidas.
Porém, o impacto que o setor possui para a economia vai muito além dessa definição, já que cresce, em média, 30% ao ano em todo o país, com estimativa de movimentar, financeiramente, 333,8 bilhões de dólares no mundo inteiro, até o ano de 2027.
Nos últimos anos, mais de 20 milhões de turistas vieram até o nosso país e, destes, cerca de 20% buscavam por belos cenários em meio à nossa natureza. Porém, não é preciso ir para fora do país para ver isso acontecer.
Por aqui mesmo, aproximadamente 1 milhão de brasileiros escolhem o ecoturismo como destino. Após os períodos mais fortes da pandemia, as buscas por ecoturismo aumentaram 133% no Brasil. Agora, mesmo com esse mercado em crescimento constante, a perspectiva é de que ele continue em alta, sem parar.
Afinal, com o crescimento de turistas para as regiões, os investimentos também tendem a aumentar, trazendo maior conforto e maior infraestrutura para recepção deste público.
Em sua eleição de melhor local para a prática do ecoturismo, a Forbes Advisor, plataforma de indicações de viagens e economia, atribuiu a nota de 94,9 para o nosso país, o deixando no topo da lista como o melhor destino do planeta.
Essa nota, porém, foi chamada de índice de ecoturismo, que avalia a biodiversidade de cada país e a quantidade de atrativos naturais e parques que são reconhecidos como patrimônio pela Unesco. A nota do Brasil, por sua vez, foi alta por conta da sua maior biodiversidade, com mais de 43 mil espécies de animais e plantas, de acordo com a revista.
Além do líder Brasil, a lista com os 10 melhores destinos segue com o México em segundo lugar com 86 pontos, e a Austrália em terceiro. Na sequência, aparecem Equador, Costa Rica, Butão, Peru, Indonésia, Panamá e Tanzânia.
O Brasil possui 23 cidades históricas e patrimônios mundiais da humanidade, dentre naturais e culturais. De acordo com estudo, 65% das pessoas que participaram disseram ter interesse em atividades de bem estar. E esse bem-estar possui ligação direta com experiências imersivas e com a sustentabilidade.
A pesquisa revelou que 77% dos entrevistados pretendem visitar destinos ecológicos e praticar o turismo de natureza em 2024. Este ano, até o Prêmio Nacional do Turismo teve o ecoturismo como destaque.
Feiras e Eventos
A Fish TV também esteve presente em eventos que propagam o turismo, bem como o ecoturismo, onde a pesca esportiva está inserida. No final deste ano, a equipe da Fish TV esteve presente no Festuris, maior evento de turismo da América Latina voltado ao B2B, aos negócios.
Lá, a Fish TV fortificou seus laços e fez crescer, ainda mais, a divulgação do pesque e solte e os seus benefícios para com a natureza. Empresas, governos e demais interessados estiveram presentes e participaram desta conexão.
Eventos como este, porém, tendem a crescer neste novo ano, já que o setor continua movimentando muito a economia.
2024
Depois deste ano, com tantos acontecimentos, nós só temos uma certeza: 2024 vai chegar com tudo! Claro, sabemos que podem até existir desafios, mas nós vamos dar mais um exemplo de como a conservação ambiental traz um bem geral para todos.
Por isso, se conecte com a natureza, respeitando-a, pratique e propague a pesca esportiva e o ecoturismo. O balanço deste ano que passou foi muito positivo, então só podemos pensar em coisas boas para 2024!
Muito obrigado pelo apoio de cada um de vocês!
Estamos aqui por você, o nosso público!
Um ótimo ano novo para todos e um 2024 de muita ligação com a natureza!
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