Ambiente de natureza exuberante, agitado pelo grito de alegria do pescador quando ele captura o seu troféu. Esse é o cenário que, segundo o diretor técnico e administrativo do Pesque e Pague Valle Verde, Edelar Comparin, aguarda o competidor na sede do Campeonato Paranaense em Pesqueiros, que acontecerá nos dias 07 e 08 de dezembro de 2019.
Etapa regional do Campeonato Brasileiro em Pesqueiros (CBP), a competição ainda segue na fase de inscrições. Enquanto isso, o pesqueiro-sede está recebendo todos os preparativos para que o lago da prova se torne uma verdadeira arena de pesca.
E pela primeira vez fazendo parte do CBP, a cidade de Mandirituba, a menos de 50km de Curitiba/PR, está acompanhando a movimentação em torno do pesqueiro. “Quem fez a inscrição e que reside nos arredores do Valle Verde vem conhecer a arena”, conta o engenheiro agrônomo e diretor do pesqueiro, Edelar Comparin, que também recebe muitas ligações solicitando informações.
Mas fazer essa transformação toda acontecer não é uma tarefa simples. De acordo com o zootecnista Fábio Mori, responsável por monitorar a preparação dos lagos, o trabalho de pesca voltado ao Campeonato Brasileiro em Pesqueiros é muito técnico.
“Nós desenvolvemos um pacote tecnológico para ser aplicado no CBP”, afirma Mori. “Essas tecnologias incluem tratamento da água, alimentação especial para os peixes e o correto manejo das espécies”, explica.
Em que fase está a adaptação do pesqueiro?
O primeiro passo é a construção do local onde vai ocorrer a competição. No Pesque e Pague Valle Verde, a arena da pesca, que é o lago oficial da competição, está quase finalizado. Segundo Comparin, as chuvas recorrentes impediram que as obras fossem conduzidas mais rápido. “Agora tivemos duas semanas de tempo bom, o que permitiu avançar com as obras. Neste momento a arena já recebeu um metro de água”, conta.
Essa quantidade de água vai permanecer por mais 30 dias até secar a terra dos taludes, isto é, terreno inclinado que tem como função garantir a firmeza do aterro. Com o solo seco e os taludes estabilizados, as máquinas devem retornar para que sejam feitos os ajustes finais nos arredores dos lagos.
A arena tem uma área total de 4.144m², com uma profundidade média de 2,50m e um volume de 10.360m³. “Isso facilita o impulso do peixe, principalmente o dourado, proporcionando espetáculo e muita emoção na pescaria”, afirma Comparin.
O próximo passo é colocar o saibro, plantar a grama e fazer os ajustes finais. “Amanhã colocaremos alguns peixes para ver como eles se comportam no novo lago. Após o inverno, faremos o povoamento final”, adianta o diretor sobre as próximas etapas.
O lago tem capacidade para comportar 15.550kg de peixes, o que significa cerca de dois mil exemplares concentrados. Entre as espécies previstas, estão carpas cabeça, carpas húngaras, carpas capim, pacus, cat fishes, tilápias, pintados e dourados.
Criação de peixes atletas
Após a construção da arena, a próxima fase é o tratamento da água. Segundo o zootecnista Fábio Mori, o preparo químico e biológico das águas garante que elas tenham condições para suportar a dinâmica populacional de cada lago.
Para o diretor do pesqueiro, Edelar Comparin, uma água de excelente qualidade é o princípio básico para a criação de peixes, atividade que desempenha há 17 anos. “Tenho todo o cuidado com a saúde dos peixes. Se ele não for sadio, não terá ação”, ressalta.
Além disso, para criar peixes atletas, há uma dedicação especial à alimentação dos animais. Afinal, quanto mais ativo e saudável o peixe for, mais esportividade o pescador vai encontrar na hora da competição.
“A gente procura usar, de forma adequada, as rações mais propícias que existem no mercado, com aditivos que potencializam a atividade do peixe, minimizando, por exemplo, os riscos de queda no sistema imunológico no frio”, destaca Mori. Ainda de acordo com o zootecnista, essas precauções garantem que os peixes tenham "pique de pesca" nas provas.
Com todo esse cuidado, os peixes se tornam mais rápidos, dominam e cortam a água, demonstram mais força na linha e dão ao pescador uma emoção maior no momento da briga. E esse trabalho inteiro tem como objetivo proporcionar a melhor experiência possível de pesca aos competidores.
A recompensa da competição
As duas primeiras duplas que somarem a maior quantidade de peso de peixes em cada etapa e também a dupla que capturar o peixe mais pesado vão competir pelo título brasileiro em 28 de março de 2020, em São Paulo, com tudo pago pela Fish TV, que realiza o evento.
O prêmio para a dupla campeã do Campeonato Brasileiro em Pesqueiros (CBP) é de 100 mil reais em dinheiro. Além do Paraná, mais cinco estados receberão etapas regionais: Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Goiás e São Paulo.
E você pode fazer parte dessa história. Ainda há vagas disponíveis para o Campeonato Paranaense em Pesqueiros. Acesse o site do Campeonato Brasileiro em Pesqueiros e não fique de fora!
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