PISCICULTURA GANHA FORÇA NA SEXTA-FEIRA SANTA COMO OPÇÃO SUSTENTÁVEL E SAUDÁVEL

Criação controlada de peixes garante alimento de qualidade e ajuda a preservar espécies selvagens e biomas aquáticos.

Por Marcelo Telles - 18/04/2025 em Notícias / Aquicultura

Em meio à tradição da Semana Santa, ainda mais no dia de hoje, a Sexta-Feira Santa, quando o consumo de peixe atinge seu ponto mais alto no Brasil, a piscicultura surge como uma alternativa cada vez mais valorizada. Ao aliar sustentabilidade, nutrição e respeito ao meio ambiente, a criação de peixes em cativeiro tem transformado a relação dos brasileiros com o alimento que domina as mesas nesta época do ano.


A tilápia lidera a preferência entre os peixes cultivados, representando mais da metade da produção nacional, segundo a Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR). Sua versatilidade na cozinha, sabor suave e custo acessível vêm ganhando espaço sobre o tradicional bacalhau importado — muitas vezes inacessível para grande parte da população.


Além de ser uma alternativa saudável e rica em proteínas, a piscicultura tem papel estratégico na preservação ambiental. Ao reduzir a pressão sobre os estoques pesqueiros naturais, ela contribui diretamente para a proteção de rios, lagos e espécies ameaçadas. A criação controlada evita a degradação de habitats e se baseia em práticas tecnológicas que monitoram desde a qualidade da água até a alimentação dos peixes.


O setor também vem recebendo apoio de políticas públicas e iniciativas privadas voltadas ao fortalecimento da produção sustentável, com incentivos a pequenos produtores, capacitação técnica e acesso a mercados. A ideia é clara: oferecer um produto de qualidade que respeite o meio ambiente e ainda movimente a economia local.


De acordo com o último Boletim de Pesquisa Pecuária Municipal, do IBGE, a piscicultura brasileira vem crescendo de forma constante, com destaque para estados como Paraná, São Paulo, Rondônia e Mato Grosso do Sul — que lideram a produção no país.


Nesse cenário, consumir peixe de cultivo na Sexta-Feira Santa, além da tradição, é uma escolha consciente que apoia um modelo de produção responsável, garantindo o futuro dos nossos recursos naturais.



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