Uma
ajuda importante para as vítimas da explosão de Beirute, no Líbano, vem do
Brasil. O estudo inédito sobre o uso de pele de tilápia no tratamento de
queimaduras, realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Ceará
mostraram a eficácia do uso em lesões da pele de 2° e 3° graus, agindo como uma
espécie de curativo biológico no processo de cicatrização.
Diante
disso, o Estado brasileiro se propôs a ajudar as vítimas do Líbano, enviando
uma certa quantidade de pele, que ainda não foi definida. “Existe todo um
processo de tratamento da pele que precisa ser feito antes de ser utilizada.
Nós acreditamos que vai trazer benefícios para muitas pessoas, em especial em
Beirute. É uma tecnologia brasileira utilizando um peixe de cultivo. Apoiamos
essa ação, porque é uma maneira de ajudarmos nossos irmãos libaneses”, conta
Francisco Medeiros, presidente da Associação Brasileira da Piscicultura (PeixeBR).
Para
quem não sabe, a pele de tilápia acelera o processo de cicatrização. O material
diminui os procedimentos de troca de curativo, o que gera menos dor e
desconforto ao paciente. De acordo com dados da Universidade, outro benefício é
que a pele tem maior quantidade de colágeno dos tipos 1 e 3, proteína
importante para a cicatrização, além de evitar contaminação bacteriana e perda
de líquidos por secreção inflamatória. Além de tudo isso, é um incentivo à
aquicultura, pois é uma espécie de cultivo. A explosão aconteceu na área
portuária de Beirute, dia 4 de agosto, e deixou mais de seis mil feridos, além de
vítimas fatais.
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