Há algumas semanas, o Conselho Norueguês da Pesca e o
Ministério da Pesca e Aquicultura da Noruega divulgaram o balanço anual da
indústria de frutos do mar referente ao ano de 2020. Ainda que a pandemia tenha
feito mercados e negócios buscarem adaptações, o balanço anual foi positivo,
com o volume total das exportações de pescados aumentando 2%. No ranking norueguês
de exportação de bacalhau, o Brasil ocupa o terceiro lugar.
De acordo com Øystein Valanes, diretor do Conselho Norueguês da Pesca
ao Brasil, a desvalorização do real e a pandemia tiveram impacto
econômico considerável. “Porém, os estoques baixos e a proximidade da Páscoa,
que é o período de vendas mais importante do bacalhau norueguês no Brasil,
contribuíram para o aumento das exportações de bacalhau e saithe para o país já
em dezembro, em comparação com o mesmo mês de 2019", explica. Sobre
o saithe, o valor se manteve estável comparando 2020 com 2019, sendo o Brasil
um importante mercado desse peixe.
Entre
os fatores apontados para a obtenção dos números positivos está a capacidade de
adaptação da indústria e espécies como a cavala e o arenque, que tiveram forte
crescimento. "Embora 2020 tenha sido um ano muito diferente, muitas de nossas
exportações de frutos do mar conseguiram superar os maiores desafios ligados à
pandemia do coronavírus. Vimos o quão forte o pescado norueguês é globalmente e
podemos nos orgulhar da capacidade da indústria de adaptar-se rapidamente, além
de manter a forte posição que temos junto a nossos consumidores em todo o mundo", conta Renate Larsen, CEO do Conselho Norueguês da Pesca.
Larsen também aponta que, por conta do distanciamento social, diversos hábitos foram adquiridos pelas populações ao redor do mundo. "Os frutos do mar noruegueses responderam a muitas das tendências de crescimento do comportamento do consumidor, como um maior enfoque nas escolhas baseadas em valores relacionados à saúde e sustentabilidade. Esta é uma boa notícia quando esperamos que, muito em breve, teremos o fim da pandemia. O mercado de restaurantes vai reabrir aos poucos enquanto vemos que muitos consumidores aprenderam a fazer peixe e mariscos em casa", afirma.
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