Em 2024, o Brasil alcançou uma produção recorde de peixes de cultivo, somando 968,7 mil toneladas, o que representa um expressivo aumento de 9,21% em relação ao ano anterior. Este avanço impulsionou a indústria pesqueira brasileira, que segue crescendo de forma consistente, tornando-se um dos pilares da proteína animal no país.
O crescimento mais significativo foi registrado na tilápia, a espécie mais cultivada e consumida pelos brasileiros. O peixe tem ganhado ainda mais popularidade nos pratos da população, especialmente no centro-sul, onde se tornou uma presença semanal nas refeições, consolidando-se como a principal escolha no mercado nacional.
Mesmo diante das oscilações nos preços da tilápia ao longo do ano, a indústria conseguiu manter o ritmo de produção e até acelerou o crescimento, aproximando-se da marca de 1 milhão de toneladas.
Foto: Jefferson Christofoletti/Embrapa.
Porém, a produção de peixes nativos para consumo enfrentou um ano difícil. Esses peixes registraram uma queda de 1,81% em relação a 2023, totalizando 258.705 toneladas. No entanto, outras espécies de peixes, como o surubim e o pacu, mostraram um crescimento, com uma produção de 47.810 toneladas, um aumento de 7,5% comparado ao ano anterior.
Apesar dos desafios, o saldo do setor de piscicultura foi positivo, impulsionado pela crescente demanda dos consumidores. A tilápia, por exemplo, tem se tornado cada vez mais acessível e atraente para os brasileiros, com uma oferta cada vez maior em supermercados e feiras. O aumento do consumo nos centros urbanos e nas regiões mais afastadas tem sido um motor importante para o avanço da produção.
Foto: Shutterstock / Minha Vida.
A PeixeBR iniciou o levantamento da produção de peixes de cultivo no Brasil em 2015, quando o país produzia 638 mil toneladas. Desde então, o crescimento tem sido impressionante, com um aumento acumulado de 51,8% na produção, colocando o Brasil em uma posição de destaque no cenário global da piscicultura.
A expectativa para 2025 é de que a produção continue a crescer, especialmente com o fortalecimento das estratégias de cultivo e o aumento do consumo, tanto no mercado interno quanto nas exportações.
Com esse panorama, o setor de piscicultura no Brasil se mostra cada vez mais estratégico e promissor, tanto para o consumo doméstico quanto para o mercado internacional, consolidando-se como uma das indústrias mais dinâmicas e com grande potencial de expansão nos próximos anos.
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